| 28/02/2008 12h25min
Grande nome do basquete argentino, o ala-armador Manu Ginóbili afirmou que os favoritos à conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim são as seleções dos Estados Unidos, Espanha e a própria Argentina, que defenderá o título conquistado há quatro anos, em Atenas, na Grécia
– São as que mais demonstraram nos últimos três anos – disse o jogador do San Antonio Spurs em entrevista ao jornal argentino Clarín.
Além dos sempre favoritos norte-americanos e dos atuais campeões olímpicos (Argentina) e mundiais (Espanha), Ginóbili aproveitou para apontar uma outra seleção que pode surpreender.
– Não se pode de tirar deste lote (dos favoritos) a Lituânia, que sempre surpreende – disse, em relação à seleção que foi terceira colocada em Sydney 2000.
O jogador, que não participou do grupo argentino que garantiu vaga aos Jogos, através do Pré-Olímpico de Las Vegas, não descarta a possibilidade de se aposentar da equipe nacional depois de Pequim.
– Pode ser que sim e pode ser que não. Ainda não tomei nenhuma decisão. Tudo depende de como me sentir e de como responder meu físico – explicou.
Questionado sobre o que a equipe argentina deve fazer para voltar a subir ao pódio olímpico, Ginóbili acredita que o segredo é manter o ritmo.
– Temos que fazer exatamente o mesmo que viemos fazendo nos últimos três campeonatos. Foi impecável. Jogamos uma final de Mundial (Indianápolis 2002, quando a Iugoslávia foi campeã), fomos campeões olímpicos (Atenas 2004) e perdemos uma semifinal de Mundial (Japão 2006, para a Espanha) – relembrou.
O argentino ainda comentou seu grande momento da NBA – tem médias de 20,6 pontos na atual temporada, acima dos 14,5 de média de toda a sua carreira.
– É meu melhor momento, mas é difícil explicar isso. Deve-se analisar uma série de situações que têm a ver com o rendimento de um jogador. Sou consciente de que estou em um grande momento. Estou sendo muito
efetivo com os arremessos. Tenho muita confiança
e estou tomando boas decisões – comentou.
Ginóbili, que tem 30 anos e há cinco joga na liga profissional norte-americana, disse ainda que pretende jogar mais cinco ou seis anos antes de se aposentar.
– Eu gostaria de jogar mais cinco ou seis anos. Meu corpo não é o mesmo de quanto tinha 23 anos e, assim, tenho que me cuidar mais. Não posso me queixar de nada, mas sempre vou por mais – finalizou.
GAZETA PRESS