| 24/02/2008 01h57min
Quando a gurizada se reapresentar no dia 5, encontrará ambiente de trabalho igual aos dos ídolos do time profissional. O Inter aproveitou as férias e investiu R$ 500 mil na obra de construção dos novos vestiários das categorias de base. A idéia é cada vez mais encurtar a distância entre os amadores e o time de cima.
Anualmente, o clube injeta mais de R$ 3 milhões na formação de jogadores. No Beira-Rio, há consenso de que em pouco tempo o quadro social e as categorias de base sustentarão o clube.
– O clube brasileiro que não vender um ou dois jogadores por ano estará falido. Chamo este vestiário de Caderneta de Poupança do Internacional – diz o vice de patrimônio Emídio Marques.
O projeto de construção dos novos
vestiários foi elaborado por Marques há um ano. Eles ocuparão o espaço sob as
sociais, na faixa entre a capela e o centro de eventos. Antes, ali funcionavam o antigo vestiário das escolinhas e a lavanderia. Com a mudança a roupa suja passou a ser lavada fora, reduzindo as despesas.
A área ganhou cinco novos vestiários independentes, com 120 m2 cada. Eles atenderão do time sub-11 até os juniores e contam com rouparia, armários para 30 jogadores, banheiros e chuveiros. Os mais velhos da turma desfrutarão de regalias como piso de grama sintética e banheira - para imersão em gelo, cuja técnica reduz as dores musculares.
Os técnicos ganharam cinco salas individuais para reuniões e conversas com pais de jogadores.
– A idéia é de que os meninos cheguem maduros aos profissionais. Com esses vestiários, a única diferença para o time de cima será o salário – explica Marques.
Apesar da estrutura do vestiário, desconhecida de boa parte dos profissionais de clubes menores, a atração principal estará nas paredes. Em duas
semanas, painéis decorarão o corredor de 70
metros que leva aos vestiários. Neles, estarão fotos de estrelas formadas no Inter: Lúcio, Daniel Carvalho, Rincón, Sobis, Nilmar e Pato.
– Esses painéis incentivarão a gurizada. Queremos que eles entrem e sonhem fazer sucesso como os ídolos – explica Marques.