| 30/01/2008 11h07min
O Birô Meteorológico de Pequim afirmou, nesta quarta, que é quase impossível que a cidade sofra com condições climáticas extremas durante os Jogos Olímpicos, em agosto. A China passa atualmente pelo pior inverno em 50 anos em algumas de suas regiões.
Guo Wenli, meteorologista do Birô, disse em entrevista coletiva que a cidade recolheu dados sobre o clima nos últimos 30 anos, afirmando que a probabilidade de condições extremas - por exemplo, grandes chuvas torrenciais que possam causar inundações - é muito pequena.
– Em apenas uma ocasião nas últimas três décadas se deu uma situação extrema – disse Guo, sem dar mais detalhes, na entrevista coletiva realizada pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog).
Desde o dia 10, o centro e o sul da China vêm sofrendo grandes nevadas que já mataram mais de 60 pessoas, com 30 milhões de afetados, centenas de milhares de imóveis derrubados pela neve e prejuízos milionários.
Na conferência de hoje, a subdiretora do birô meteorológico, Wang Jianjie, disse que a instituição atingiu plena maturidade para prever o tempo de uma data importante como 8 de agosto, dia da abertura do evento esportivo.
Wang destacou que o birô já teve que se encarregar de prever o tempo - e, se for possível, tentar melhorá-lo manipulando as precipitações - em 180 ocasiões nos últimos anos, entre elas a Cúpula China-África de 2006 e a Copa da Ásia de futebol de 2004.
Pequim utiliza técnicas para manipular o clima, dentre as quais o bombardeio de nuvens com iodeto de prata para aumentar a condensação e provocar a chuva antes de grandes eventos (para que faça sol durante estes). Também testou técnicas inversas, bombardeando as nuvens com diatomita, um mineral com grande poder de absorção, para impedir a chuva.
Wang disse aos jornalistas que a cidade confia plenamente no uso de técnicas científicas para a previsão e o controle do tempo e não recorrerá a antigas superstições chinesas, como rezas e preces aos deuses.
AGÊNCIA EFE
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Foto:
Vincent Yu, AP