O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, crê que a Fórmula-1 não apenas vai conseguir superar em 2008 as controvérsias do ano passado, como será ainda mais forte. A afirmação é referência clara ao escândalo de espionagem que abalou a categoria.

Quando a nova temporada for aberta oficialmente, no Grande Prêmio da Austrália, Mosley considera que a Fórmula-1 rapidamente apagará os fatos do último Mundial.

– Assim espero – disse o mandatário quando questionado pelo site Autosport.

– Este é o objetivo: deixar tudo isso para trás. Acho que coisas como estas nos deixam mais forte, porque foi demonstrada toda a nossa vontade de fazer o máximo para chegar a uma resolução justa – completou.

Apesar de Mosley garantir que justiça foi feita no caso de espionagem, com a McLaren sendo desclassificada do Mundial de Construtores e pagando uma multa de US$ 100 milhões (cerca de R$ 180 mi) por ter tido acesso a informações confidenciais da Ferrari, ele ainda se diz irritado com o que aconteceu.

– Eu estava tão estressado. Foi muito difícil encontrar um equilíbrio entre ser agressivo o suficiente e ser agressivo demais. O único momento que me satisfez foi quando os e-mails internos da equipe foram divulgados, que foi a prova conclusiva de que nós (da FIA) estávamos certos – ressaltou.

Sobre o nível de competitividade da categoria, o presidente se diz satisfeito.

– Os sucessos de Lewis (Hamilton) e de outros jovens pilotos renovaram o interesse em toda a F-1 – destacou ele, que não enxerga o escândalo como um motivo para as falhas do piloto inglês que lhe custaram o título no fim da temporada.

– Não penso que isso teve um efeito real sobre Lewis. Ele ainda terá muitas chances (de vencer). Se não for Lewis, há muita gente que pode ser uma superestrela, como (Sebastian) Vettel, por exemplo, e acho que (Sebastien) Boudaris surpreenderá este ano, além de contarmos ainda com (Robert) Kubica, (Nico) Rosberg e (Adrian) Sutil – finalizou.

GAZETA PRESS