| 22/01/2008 12h56min
O presidente da FIA, Max Mosley, parece ainda não ter se esquecido dos escândalos de espionagem que marcaram a temporada 2007 da Fórmula-1. Em entrevista ao site oficial da F-1, Mosley afirma que qualquer equipe que venha a ser pega em um novo caso de espionagem, será excluída do campeonato, informa o GloboEsporte.com.
No ano passado, Mosley havia sugerido a exclusão da McLaren após o caso de espionagem contra a Ferrari, mas foi minoria no Conselho Mundial. A equipe acabou perdendo todos os pontos no Mundial de Construtores e multada em US$100 milhões, mas os pilotos não foram atingidos. Mosley, porém, acredita que se algo similar acontecer no futuro, toda a equipe envolvida será punida.
– Na próxima vez, quem quer que seja, eu não acho que eles continuarão no campeonato. No caso da McLaren todos se surpreenderam com a multa de US$ 100 milhões, mas a outra alternativa seria excluí-los da F-1, e isso sairia ainda mais caro para todos – afirma.
Segundo Mosley, a entidade está disposta a ir fundo para evitar novos casos.
– Você nunca pode impedir o que uma pessoa tem na cabeça, mas nós podemos impedir a transferência de informações de forma escrita ou eletrônica. E se nós estamos preparados para checar isso – e nós já demonstramos que sim – então alguém que use essas informações não será muito sábio, porque na F-1 moderna você não pode fazer isso sem deixar traços, e nós vamos encontrar estes traços – afirma na entrevista.
Mosley diz também que ficou satisfeito com a forma que o caso transcorreu.
– Eu diria que nós fizemos o certo em todas as etapas do processo. Quando nós tivemos a primeira audiência do caso, no dia 26 de julho, nós estávamos todos muito preocupados. Nós realmente não acreditávamos que somente Mike Coughlan (o engenheiro da McLaren responsável pelo caso), mas nós tínhamos que encontrar evidências claras – o que nós não tínhamos então para acusá-los – diz, esperançoso com uma temporada livre de escândalos: – Eu espero que sim. Mas não está nas minhas mãos – finalizou.