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 | 11/01/2008 05h13min

Jogadores vão às compras em Abu Dhabi

Em shopping voltado à classe média, os colorados pechincharam na busca por eletrônicos

Diogo Olivier, Enviado Especial/Abu Dhabi  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

É o que eles mais gostam em viagens, sobretudo para lugares longínquos, intrigantes e cheios de novidades como o Oriente Médio. Assim, era grande a excitação dos jogadores do Inter em torno do passeio programado para depois do treino, em Abu Dhabi. Tomaram banho correndo, lancharam rápido e correram para o ônibus. Começava o passeio ao shopping.

Já era noite na ilha de Abu Dhabi quando o ônibus partiu do estádio do Al Jazira, onde o Inter está hospedado para a pré-temporada que vai até o dia 15. O destino era o Madinat Zayed Centre, um shopping com dezenas de pequenas lojas de artigos eletrônicos, vestimentas árabes, jóias e peças de ouro. Não era um lugar chique.

O Madinat recebe um público de classe média, onde a pechincha corre solta. Tanto que não havia muitos turistas. Estes vão para o Marina Mall, capaz de rivalizar em suntuosidade com o Palácio do xeque e presidente Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, logo ao lado. Lá, para se ter idéia, tem até Ferrari na vitrine.

— Acho que vamos embora. Como é que chama aquele outro shopping mesmo? — perguntava Nilmar, vestindo calça, camiseta e tênis, no ponto de táxi em frente ao Madinat Centre, referindo-se ao Marina Mall.

— Não era bem isso que estávamos procurando — argumentou ao seu lado o meia Alex, vestido com o agasalho do clube.

"La garantía soy yo", diz
vendedor indiano a Renan


Enquanto isso, lá dentro do Madinat, acontecia uma revolução. Danny Morais, Guto, Marcão e Renan tentavam comprar o videogame Playstation 3. Um indiano estava a ponto de vender para Marcão um aparelho de 40 megas por US$ 800 dólares (R$ 1,76 mil) quando Danny e Renan entraram na área para afastar o perigo.

— Não!! Ele me ofereceu um de 80 megas pela metade disso! — exclamou Danny.

— Corre desta barca, Marcão. Ele (vendedor) não quer nem dar nota. Vou provar que comprei como? O cara ainda me falou: "La garantía soy yo" — protestou Renan.

Perto dali, uma corrida em busca de ouro. Gil colocava e tirava um brinco da orelha direita. Clemer, ao seu lado, esperava a vez de conversar com a atendente. Sidnei, mais para o lado, olhava com atenção uma vitrine de colares femininos. Maycon se encantou por uma pulseira um tanto pesada. Colocou no braço direito e girou o pulso para cá e para lá. Por fim, disse, fixando-se no vendedor:

— Em dollars (sic).

A conversão do dirham, a moeda local, assustou: US$ 2,5 mil (R$ 4,4 mil).

— Nossa senhora! — exclamou, e foi logo tirando a jóia do pulso, como se corresse o risco de pagar só para experimentar.

Quando o relógio aproximou-se das 22h (horário local) soou o toque de recolher. Hora de voltar para casa. Hoje tem treino à tarde, o último antes do amistoso deste sábado contra o Al Jazira, ao meio-dia (horário brasileiro). A manhã será de folga. Quem sabe para curtir as histórias do emocionante passeio no shopping em Abu Dhabi.

Diogo Olivier  / 

Renan evitou que Marcão comprasse videogame Playstation 3 por valor acima do mercado
Foto:  Diogo Olivier


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