| 07/01/2008 08h19min
Tão rápido quanto havia surgido, Anderson Pico sumiu. Aposta do técnico Mano Menezes depois da lesão de Bruno Teles e da venda de Lúcio, o lateral-esquerdo formado nas categorias de base do Grêmio encerrou a temporada sem participar sequer das concentrações.
Pico, que não consegue se livrar do apelido de garoto, apesar dos reiterados pedidos aos jornalistas, sabe a razão de ter saído dos planos de Mano, hoje no Corinthians.
– Ele não quis me falar, mas sei porque fui afastado. A questão foi disciplinar – sorri o jogador, um tanto constrangido, encostado em uma das paredes da sala de imprensa improvisada no hotel em que a delegação se hospeda em Bento Gonçalves.
Não há mágoa em suas palavras. Pico admite que se excedeu. Quase chega a dizer que exagerou nas noitadas. E promete modificar seu comportamento em 2008.
– Serviu para aprender. Felizmente, ainda tenho 19 anos – diz.
Lateral se reapresentou acima do peso
Para ele, o
ostracismo vivido no final de 2007 não significa inferioridade na disputa por uma posição no time de Vagner Mancini. Pico, que não aceita a idéia de começar atrás de Hidalgo e Bruno Teles, quer tirar proveito da preparação na Serra para mostrar outra vez suas qualidades. Sobretudo, o chute forte.
– Não sou a terceira opção. Quero sempre ser o primeiro. É nos treinamentos que o técnico verá quem está melhor. O passado ficou para lá – confia o lateral-esquerdo.
Assim, sua briga será mesmo com a balança. Quem acompanhou os primeiros treinamentos ficou impressionado com o perfil um tanto quanto arredondado do jogador. Culpa das férias, afirma Pico.
– Reconheço que estou gordo, sim. Mas estava em férias. Nessas horas, a gente esquece de tudo – ameniza.
Nada que não se resolva em duas semanas de treinamentos, diz o jogador, quase três quilos acima dos 76 que ele considera ideais para jogar. Ao lado de Júnior, outro
que precisa perder peso, Pico tem sido o mais
castigado pelo preparador físico Flávio de Oliveira nestes dias iniciais de pré-temporada.