| 12/12/2007 16h30min
O Vasco enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na última segunda-feira, a defesa escrita do caso de doping do atacante Romário. O clube vai alegar que o jogador e o médico não podem ser responsabilizados e, portanto, não merecem punição, segundo informações do site globoesporte.com.
Romário foi flagrado no exame antidoping na partida contra o Palmeiras, dia 28 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro. A urina do jogador tinha a substância finasterida, encontrada em xampus para calvície. Os vascaínos usarão o argumento de que, em todas as práticas esportivas, adotam um rigoroso controle em seus atletas.
O clube deixa claro que o jogador não utilizava o medicamento para ter um rendimento diferenciado de seus adversários. No texto, há ainda a informação de que ele usava o produto há 13 anos, e que não era considerada dopante até 2003.
O Vasco lembra que o caso pode ter prescrevido, já que o prazo de 30 dias passou. Além disso, é
ressaltado que o exame teve o material
recebido no dia 6 de novembro, sendo que foi colhido no dia 28 de outubro e somente no dia 26 de novembro foi encerrado. Com isso, o exame deveria ser desconsiderado.
O procurador que vai formular a denúncia, Marcelo Jucá, esclarece a questão da prescrição.
— Criou-se um entendimento pela maioria do Pleno do STJD de que na realidade deve ser contado a partir da data do conhecimento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Tribunal. O exame demora para sair o resultado. Se não tivesse esse entendimento do STJD os jogadores poderiam se dopar e não teria tempo cabível para ser feita a denúncia — explica ele, em entrevista ao site justicadesportiva.com.br.
Romário foi flagrado no exame antidoping na partida contra o Palmeiras, no dia 28 de outubro
Foto:
Marcos Arcoverde, Vipcomm
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