| 04/12/2007 04h16min
Contratado por seis meses pelo Al itthad da Arábia Saudita, Tcheco já faz planos para voltar ao Grêmio em julho.
Ontem, ao encerrar aquela que pretende ter sido sua primeira passagem pelo Olímpico, ele ficou emocionado ao despedir-se dos roupeiros, massagistas e seguranças do clube. Sensação idêntica à vivida domingo, quando entrou no túnel do vestiário ouvindo os aplausos da torcida.
? É como diz o Mano Menezes: a gente vive mais entre nós do que com os familiares ? comentou.
Foi "o valor absurdo da proposta" que convenceu Tcheco a sair do Brasil. Por salários muito acima da realidade brasileira, o ex-capitão gremista retorna ao clube pelo qual participou do Mundial de Clubes do Japão, em 2005. Na semifinal, o Al itthad foi derrotado pelo São Paulo, que conquistaria o título contra o Liverpool, da Inglaterra.
Não pesou apenas o lado financeiro. Como o ritmo de jogos e treinamentos é mais leve no futebol árabe, Tcheco pretende
"dar uma recuperada no corpo".
A
definição da saída ocorreu há três semanas. Mesmo tendo aberto a possibilidade de sair, ao afirmar, em outubro, que seu ciclo poderia ter chegado ao fim, Tcheco optou pelo segredo. Ontem, aguardava com expectativa que o Grêmio liberasse os documentos para sua transferência. O prazo de inscrições para os jogos da Liga Árabe se encerra hoje.
Ao lado do pai, José Antônio, no último dia no Olímpico, Tcheco disse que os dois títulos gaúchos superam qualquer mágoa gerada em dois anos de convivência. A maior realização foi ter chegado à decisão da Libertadores, contra o Boca.
? Eu olhava aquele time do Felipão (bicampeão da América em 1995) e sonhava um dia vestir essa camisa. Acho que serei lembrado quando o Grêmio disputar de novo uma Libertadores ? acredita.