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 | 01/12/2007 18h03min

O último capítulo de um ano de contrastes

Figueira viu a Libertadores escapar e tenta fechar 2007 com vaga na Sul-Americana

Se as histórias precisam ser contadas com início, meio e fim, a do Figueirense em 2007 teve os três atos com cenários distintos. O primeiro é para esquecer: a péssima campanha no Campeonato Estadual. O segundo é inesquecível: o vice-campeonato da Copa do Brasil.

E o terceiro é híbrido, um misto de frustração pela colocação no Brasileiro (que termina neste domingo, no jogo contra o Botafogo, no Engenhão) e uma pitada de esperança de bons resultados em um futuro próximo.

Bem próximo, aliás. O Catarinense está logo ali, na virada do ano, e a continuidade do trabalho do técnico Alexandre Gallo, aliada à manutenção de uma base da atual equipe, são aspectos indispensáveis de um enredo de sucesso. Isso se a direção alvinegra aprendeu com os erros desta temporada.

Erros que tiveram um reflexo trágico no Estadual. O desmanche da equipe que terminou o Brasileiro em 7º lugar em 2006 e as divergências com o técnico Heriberto da Cunha – a direção queria usar somente os juniores no início da competição e o treinador apressou a utilização dos jogadores contratados, que não tinham a qualidade dos integrantes do elenco anterior – proporcionaram uma largada desastrosa no Catarinense.

O time, que tinha a missão de defender o título de 2006, só foi se acertar depois da chegada do técnico Mário Sérgio, a partir do dia 13 de fevereiro, véspera do jogo com o Avaí, ainda pelo primeiro turno. A vitória no clássico ajudou a embalar a equipe, mas foram as armações táticas e as estratégias de Mário Sérgio que deram ao time a competitividade necessária para encarar a Copa do Brasil.

Copa do Brasil era prioridade

Como o time estava indo bem na competição nacional e Criciúma e Chapecoense não davam abertura no Estadual, o clube acabou priorizando a Copa do Brasil. Mesmo durante o início do Campeonato Brasileiro. Uma decisão que se mostrou acertada. Com o grupo focado exclusivamente na chance de vencer uma competição de envergadura nacional, e que dá vaga para a Copa Libertadores da América, veio a melhor fase da temporada.

Um sucesso que não veio por acaso. O período de concentração foi ampliado. Os jogadores treinavam à exaustão; só respiravam futebol. Mário Sérgio pensava o time de acordo com cada adversário, fechava as portas para a imprensa e trabalhava secreta e arduamente as armações táticas que envolveriam os oponentes. Madureira, Noroeste, Gama, Náutico, caíam diante do futebol eficiente do Furacão.

Partida polêmica

Aí veio o Botafogo, o time mais badalado do futebol brasileiro no primeiro semestre, adversário da semifinal. Vitória por 2 a 0 no Orlando Scarpelli e derrota por 3 a 1 em um Maracanã lotado, com direito a polêmica na arbitragem (foi a última partida da auxiliar Ana Paula Oliveira em competições de primeira linha) e frango histórico do goleiro Júlio César.

Pela primeira vez em sua história, o Figueirense estava na final. Depois de um empate em 1  a 1 no Rio de Janeiro, bastava um empate em 0 a 0 no jogo de volta, em Florianópolis. A festa estava preparada, o Furacão fez um bom jogo, mas o Fluminense foi bem mais eficiente. Marcou um gol no início da partida e teve força e competência suficientes para manter o resultado até o fim.

A frustração com o vice-campeonato não chegou a abalar a equipe, que seguiu firme no Brasileiro. Chegou a estar em quinto lugar, mas perdeu a empolgação e começou a cair. Com seqüências de quatro, cinco jogos sem vitória, despencou na tabela e chegou a ser ameaçado de rebaixamento. O mau momento vivido no campeonato culminou com a troca de comando: sai o prático Mário Sérgio, que tinha medo da queda, chega o otimista Alexandre Gallo, que recalibrou a mira.

Um novo futebol

Com Gallo no comando, o Figueirense passou a jogar um futebol mais técnico, mais ofensivo, e voltou a pensar alto. Chegou a pensar novamente na Libertadores que escapou por entre os dedos na final da Copa do Brasil. Não tinha futebol para tanto e acabou se concentrando na conquista da vaga na Copa Sul-Americana, que pode vir neste domingo.

O trabalho de Gallo parece ter sido aprovado pela nação alvinegra e, se a palavra for mantida, ele fica no clube em 2008.

Botafogo se prepara para partida decisiva

O Alvinegro carioca precisa de um simples empate na última rodada do Brasileirão para se garantir na Copa Sul-Americana de 2008. A CBN/Diário transmite a partida ao vivo e o clicRBS acompanha os lances pelo Minuto a Minuto.

A única dúvida continua sendo a presença do volante Túlio, que se queixa de dores musculares na coxa esquerda, e deixou o coletivo desta sexta-feira com 30 minutos de atividade. O técnico Cuca garantiu a escalação do atleta, mas de qualquer maneira Magno está de sobreaviso.

Os demais setores estão confirmados, com algumas alterações em relação à formação que empatou por 2 a 2 com o São Paulo na rodada passada, no Morumbi. O goleiro Roger, dispensado por causa dos altos salários, dá sua vaga a Lopes. O volante Leandro Guerreiro, com dores na região pubiana, será poupado e cede seu posto a Coutinho. Adriano Felício ocupará a vaga do suspenso Diguinho, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante dos paulistas.

No coletivo desta sexta-feira, os titulares venceram os reservas por 3 a 1. Adriano Felício, Jorge Henrique e Lucio Flavio fizeram os gols, com Vítor Castro descontando. Neste sábado pela manhã, no Engenhão, acontecerá um recreativo, que vai encerrar o período de concentração para o jogo.

COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE E DA GAZETA PRESS
 Hermínio Nunes / Agência RBS

Figueira e Fogão se enfrentam neste domingo e ambos querem vaga na Sul-Americana
Foto:  Hermínio Nunes  /  Agência RBS


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