| 29/11/2007 19h01min
O Inter atrasou uma parte do pagamento do atacante Nilmar, contratado em setembro deste ano. O valor atrasado, referente à terceira parcela dos direitos federativos do jogador mais as luvas, somaria R$ 1,9 milhão. Segundo o empresário Orlando da Hora, o jogador andou cabisbaixo por causa disso.
— Está atrasado, não tem dúvida disso. Que existe atraso, existe. Seria um louco se não dissesse isso. Agora, se está cabível ou desproporcional, eu não sei. Recebi um telefonema de Nilmar e ele falou que não havia sido solucionado o problema. É um problema entre o Internacional e o investidor que participou da operação, eles estão resolvendo. O Nilmar não participa desta situação. O doutor Vitorio (Piffero, presidente do Inter) me prometeu que isso vai ser solucionado o mais rápido possível — disse o empresário.
André Ribeiro, um dos advogados que trabalha para Orlando da Hora, mostrou muito cuidado ao tratar a questão. Ressaltou que a relação com o presidente é muito boa, e
que o atraso "é normal" e
não é suficiente para prejudicar isso.
Vitorio Piffero, por sua vez, confirmou a pendência, mas assegurou que ela será resolvida logo. O dirigente negou que este seja o motivo para o jogador não participar da última partida do ano, contra o Goiás.
— Ele não vai jogar porque o Departamento Médico não liberou. Ele estava morrendo de vontade de jogar. Nós compramos o Nilmar por um valor à vista, que foi pago imediatamente. Nós tínhamos uma opção para comprar mais um percentual, que foi exercida em dois pagamentos. O último, que deveria ter sido saldado em 15 de novembro, ainda não foi, mas será. Estamos resolvendo uma pendência. A quitação não é por falta de dinheiro, mas uma pendência nossa. Achei que poderia ter resolvido na segunda, não consegui, depois terça, quarta, de repente até amanhã — garante.
O dirigente mostrou seu descontentamento com as declarações de Da Hora:
— É um assunto de economia interna, mas o empresário
tornou público. Sei que o Nilmar não está de acordo
com isso, nem o advogado. Nós também não estamos, mas fazer o quê. Está faltando uma solução para uma questão contratual, que já está muito bem encaminhada, deverá ser equacionada amanhã, no máximo segunda.