| 27/11/2007 16h55min
Os seqüentes tropeços da seleção brasileira feminina finalmente parecem ter tocado a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O presidente da entidade, Ary Graça, anunciou nesta terça-feira que a equipe comandada por José Roberto Guimarães irá receber o reforço de uma psicóloga em suas próximas competições.
A equipe foi vice-campeã na Copa do Mundo de 2007, no Mundial de 2006 e nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas e quinto lugar no último Grand Prix. Nesta segunda-feira, a confederação encaminhou uma proposta para a psicóloga Samia Figueiredo e espera uma resposta positiva.
– Ela já trabalhou com essas meninas no infanto-juvenil e no juvenil, então conhece as jogadoras. Nada mais natural que seja ela – justificou-se Graça, presente em evento promocional da Superliga 2007/2008, explicando o que motivou a decisão de contar com ajuda psicológica para as meninas de Zé Roberto, que já chegou a contar com a
ajuda de Regina Brandão.
– Pessoalmente, não vejo problema (no desempenho da equipe), até pela idade delas. Isso é natural, embora quase todas sejam campeãs mundiais em categorias de base. Não deveria haver problemas em finais, mas eu me rendo. Contratamos uma psicóloga para trabalhar com o time – completou o dirigente, que admitiu a “incoerência” entre a decisão e sua opinião.
Apesar de o Brasil ter fechado o ano apenas com o título sul-americano, o presidente da CBV não parece incomodado com as decepções dos últimos torneios. Segundo ele, o desempenho das comandadas de Zé Roberto têm sido “excepcional”, e tamanha pressão por resultados é injusta.
– Nós temos uma equipe extremamente jovem, e estamos na formação de uma nova equipe. Foi um time que ascendeu muito rapidamente, e há uma cobrança sobre elas como se elas tivessem 15 anos de experiência – adicionou o presidente, que já ganhou, pelo menos, o aval positivo das jogadoras.
– Durante
dois anos, nós formamos um grupo no qual
ninguém acreditou. Esse tipo de colocação nunca vai entrar de forma negativa. Tomara que a psicóloga faça um trabalho bem feito – comentou a ponteira Paula Pequeno.
Otimismo para Pequim 2008
Por outro lado, o que ninguém no comando do vôlei do Brasil esconde é o otimismo mantido na seleção feminina. O próprio Ary Graça admite que a atual geração tem tudo para conquistar em 2008 o inédito ouro olímpico.
– Eu acho que o Brasil sobe no pódio das Olimpíadas. Provavelmente no ponto mais alto – ressaltou o dirigente.