| 26/11/2007 15h46min
O diretor da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato, o Bobô, disse nesta segunda-feira que a Fonte Nova não apresentava sinais de que a arquibancada poderia cair. Neste domingo, parte do anel superior desabou, resultando na morte de ao menos sete pessoas.
– Ceder uma estrutura dessa de concreto é muito difícil. Não havia infiltração ou sinais que indicassem que isso iria acontecer – comentou Bobô, em entrevista à Rádio Sociedade, enquanto acompanhava a perícia no estádio, nesta manhã.
No entanto, um relatório apresentado pelo Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) apontava a Fonte Nova como pior estádio entre os 29 analisados. Quatro pessoas envolvidas no acidente seguem internadas em estado grave no Hospital Geral do Estado, em Salvador.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA) iniciou, na manhã desta segunda-feira, a perícia para averigüar as causas da tragédia.
Venda de ingressos é responsabilidade do Bahia
Bobô também desmentiu a notícia de que a Fonte Nova estava superlotada no jogo deste domingo, no qual o Bahia garantiu o seu retorno à Série B do Campeonato Brasileiro ao empatar sem gols com o Vila Nova-GO.
– Colocamos uma carga para 60 mil pessoas. É o que estipulam a Fifa e a CBF, mas não tomamos conta nem vendemos ingressos, isso é uma responsabilidade do Bahia – afirmou Bobô.
– Teve um público grande nas áreas externas, cerca de 20 mil pessoas, mas em função dos trios elétricos. Tivemos algumas invasões, com portões arrebentados, mas em direção ao campo – encerrou.
GAZETA PRESS