| 20/11/2007 17h03min
O Grêmio de 2008 ainda não passa de um rascunho, mas alguns traços desse time imaginário poderão ser vistos mais uma vez em ação na tarde desta quarta, no Olímpico. A partir das 16h, os juniores recebem o Caxias, pelo primeiro jogo das semifinais da Copa Amoretty, com vários jogadores que poderão ser promovidos ao time profissional na próxima temporada.
O histórico recente comprova que as chances da garotada são mesmo grandes. Do time que conquistou o título dessa competição ano passado, oito jogadores subiram para o plantel principal em 2007 ou pelo menos foram utilizados em alguns jogos: os zagueiros Leo e Thiego, o lateral Bruno Teles, os volantes Adilson, Itaqui e William Magrão e os atacantes Everton e Carlos Eduardo.
– Cada vez mais a gente tem tentado elaborar melhor a formação do atleta aqui embaixo para que ele chegue para o Mano Menezes com uma perspectiva mais forte de ser utilizado. Tem sido muitos os jogadores que acabam ajudando o profissional e isso deixa a gente bem feliz – diz o técnico Julinho Camargo.
O treinador destaca pelo menos três da nova safra da base gremista. São eles o lateral-direito Felipe, que sofreu uma contusão no primeiro jogo das quartas-de-final contra o Juventude e é dúvida para esta quarta, o meia Juninho Botelho e o atacante Zé Eduardo.
– O Felipe, o nosso lateral, é um jogador que temos muita expectativa. O Juninho Botelho tem feito grandes jogos também. É um meia de articulação de muita técnica. Tem também o Zé Eduardo, que tem sido decisivo nesses jogos finais. É um atacante de bastante qualidade – avalia o treinador.
Além de fornecer diversos jogadores ao time profissional, a base tem sido a principal fonte de recursos do Grêmio para sair da crise financeira. Nos últimos anos, o clube arrecadou milhões de euros com a venda de craques como Anderson, Lucas e Carlos Eduardo. E mais estão por vir, frutos de um trabalho que começou em 2005. Rebaixado para a Série B, o clube viu na revitalização das categorias inferiores o seu grande trunfo.
– Na verdade, o Grêmio sempre teve um bom trabalho de base. Passou por dificuldades, pois quando um clube cai para a Segunda Divisão isso se reflete muito na categoria de base. A chegada do Rodrigo Caetano, a minha e de toda uma equipe nova de trabalho deu um gás para que pudéssemos resgatar o que o Grêmio sempre teve. O Grêmio sempre foi muito forte no profissional quando usufruiu de jogadores da base – encerra Julinho.
Matéria corrigida às 7h29min de quarta-feira.