| 11/11/2007 21h20min
O técnico Mano Menezes, demonstrando o abatimento de quem está quase fora da disputa por uma vaga na Libertadores, elogiou os pontos positivos da sua equipe, principalmente a atuação dos jogadores jovens e a "disciplina tática" do time.
— A equipe, taticamente, foi muito disciplinada. Vínhamos de jogos em que perdemos essa características, que eram a nossa maior qualidade. Não fizemos um jogo melhor que o adversário, portanto não acho injusto, mas poderíamos ter feito gol. Se tivéssemos tido melhor passe, podíamos ter marcado já no primeiro tempo.
Questionado sobre o que o leva a crer que o Grêmio ainda possa chegar à Libertadores, Mano foi seco e não demonstrou muitas esperanças:
— Eu olho para a tabela e a matemática me leva a crer.
O técnico disse que não é momento de falar sobre 2008, porque o Grêmio ainda não definiu como será sua próxima temporada. Garantiu, no entanto, que não tem nenhum contato com qualquer outra equipe.
Ainda sobre o jogo deste domingo,
justificou a escalação do contestado meia Ramon. No entanto, criticou seu jogador, citando o lance em que ele não chuta e deixa a bola chegar para um companheiro.
— Eu tinha que colocar um jogador com qualidade de chegada na frente. O Ramon faz isso e vai muito bem na parte defensiva. Mas ele deveria ter ido melhor no ataque. O atacante, ou meia ofensivo, tem que ter a ambição do gol. Nem se a mãe pedisse, ele deveria ter passado a bola naquele momento.
Por fim, Mano deu sua explicação sobre a queda de rendimento da equipe no fim da temporada, que coincide com a opinião do presidente Paulo Odone. Segundo eles, o desgaste é natural.
— A falta de qualidade técnica, a que eu me refiro, não quer dizer que os jogadores não tenham qualidade. Nós não a tivemos, como equipe, por isso estamos deixando escapar possibilidades. Tivemos que mexer muito na reta final. É o desgaste das equipes que competiram muito durante o ano. Tivemos uma Libertadores muito
dura, superamos quase todas as
adversidades, menos o último degrau.