| 07/11/2007 02h04min
Com sua aparência séria e jeitão de nordestino enfezado, o grandalhão Clemer, de 1m90cm de altura, se entregou. Presente à pré-estréia de Gigante — Como o Inter Conquistou o Mundo, na noite desta terça, admitiu que chorou ao assistir ao filme. Nem precisava. Os olhos vermelhos e a voz completamente embargada denunciavam.
— Não tem como não se emocionar. Parece que foi ontem. Tinha momentos em que eu dava risada, em outros soluçava. Me sinto muito realizado por ter participado dessa história. Isso não tem preço — disse.
Outro personagem marcante na conquista, o atacante Iarley também não escondeu a emoção.
— Se eu já era colorado, agora ainda mais. Faço parte da família colorada. Quando parar de jogar, serei mais um torcedor. Neste tempo que fiquei parado (por causa de uma lesão no ombro), sofri igual um torcedor com os resultados ruins e essa história de rebaixamento — disse, ainda com os olhos marejados.
O
jogador, que declarou ter em casa "somente tudo" do Mundial,
conta que seu filho João Pedro é colorado fanático. Inquieto como qualquer criança de três anos, o único momento em que o guri fica parado é quando o pai coloca para rodar algum vídeo da coleção, contando a história do título.
— Por isso, sou obrigado a assistir dia sim, dia não — contou, aos risos.
E mesmo assim, Iarley disse que sempre se emociona:
— Cara, na hora do gol é demais. É muito emocionante. Desde que eu pisei no Inter, sempre ouvi: "Nós temos que ganhar a Libertadores e o Mundial". Não se falava outra coisa. Aquilo ficou muito forte dentro de mim, eu tinha que ajudar a dar essa alegria para o torcedor colorado.
Clemer, Vitorio Piffero e Fernando Carvalho no coquetel servido antes da exibição
Foto:
Marcos Nagelstein