Ele vai jogar. Tinga, o %26quot;motor%26quot; do Grêmio, treinou bem ontem à tarde e estará em campo amanhã. O retorno do homem que dita o ritmo do time com marcação e toque de bola é considerado fundamental pelo técnico Tite para imprimir ao jogo os contornos épicos necessários à reversão da vantagem do Santos. Também estão definidos os substitutos de Claudiomiro, que levou o terceiro cartão amarelo, e Polga, que foi expulso.

Samuel, que veio para o clube emprestado pelo Criciúma em meio ao campeonato, receberá a sua grande chance de justificar uma possível compra do passe. Na vaga de Claudiomiro, o escolhido é ele. Adriano, que substituiu Roger na Vila Belmiro, fica no time - mas pelo lado direito, em substituição a Polga. Além de Tinga, também Gilberto, Gavião e Roger retornam, depois de cumprirem suspensão. É na possibilidade de escalar boa parte dos titulares que reside a esperança de Tite.

- Haverá mais sincronia. Isso é fundamental. O nosso maior desafio será marcar o primeiro gol. Temos que largar na frente - afirmou Tite, dando a receita para estabelecer o ambiente favorável no estádio.

A idéia do treinador é construir, no Olímpico, o mesmo clima de pressão feito pela torcida do Santos na Vila Belmiro. Por este raciocínio, o treinador não quer entrar em campo pensando freneticamente em fazer três gols de diferença. O primeiro passo é jogar, produzir. Em suma, retomar os princípios que levaram o Grêmio a mais uma semifinal, abandonados por completo em Santos: os atacantes marcarem a saída de jogo adversária, a troca de passes, o avanço dos alas, a iniciativa do ataque depois de a bola ser retomada a base de muita disciplina.

A forma de parar Robinho e Diego será a mesma planejada na Vila Belmiro: por setor. Se o deslocamento, especialmente do traiçoeiro Robinho, for curto a partir dos lados do campo, o marcado acompanha. Se, por outro lado, vier com bola longa, aí troca o marcador. É uma forma de evitar que Robinho leve seus marcadores para lugares estranhos no campo, desarrumando o setor defensivo.

- É possível. Eu acredito - resumiu Tite.