Descontente com o formato de suas orelhas, o atacante Iarley submeteu-se no último sábado a uma cirurgia estética no Hospital Divina Providência, em Porto Alegre. O procedimento chamado otoplastia foi comandado pelo cirurgião plástico e diretor médico das categorias de base do Inter, Marcelo Otton. Ao mesmo tempo, Iarley também fez uma intervenção no nariz para melhorar sua capacidade respiratória.

— O meu problema era a orelha, e fiz também o nariz para respirar melhor. Uma hora eu ia fazer a orelha, que era o meu problema, nem que fosse depois que parasse de jogar — justificou Iarley.

Segundo o otorrinolaringologista Eduardo Hausen de Souza, membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e conselheiro do Inter, a orelha de abano tem como principal causa a herança genética, e pode ser corrigida a partir dos sete anos de idade, quando a orelha atinge 90% da sua formação. Pontos são procedidos para fechar os cortes e moldar a orelha. Geralmente, eles não deixam cicatrizes. Em 10 dias, as atividades normais podem ser retomadas.

Para proteger as orelhas, Iarley deixou o bloco cirúrgico com bandagens. Na quarta-feira, já sem as ataduras, ainda estavam vermelhas e um pouco inchadas.

A intervenção no nariz é de mais fácil recuperação. Segundo Iarley, a ponta baixa do nariz dificultava sua respiração. Com a retirada de cartilagem interna da parte da frente, houve um leve arrebitamento que facilitará a sua inspiração.

O atacante colorado aproveitou para fazer as intervenções enquanto se recupera da cirurgia que havia feito no ombro. Ele quer voltar aos gramados em novembro:

— Espero estar à disposição nos últimos quatro jogos do Brasileirão.

*Colaborou Amauri Knevitz Jr.