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 | 04/09/2007 07h40min

Credores de olho no dinheiro das vendas de Lucas e Carlos Eduardo

Do total, 10% serão destinados ao abatimento das dívidas com ex-atletas

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

O condomínio de credores do Grêmio, que é o grupo de jogadores com dinheiro a receber do clube por conta de ações judiciais, ganha uma boa notícia. Até o final deste mês, chegam os € 12,6 milhões (cerca de R$ 33,5 milhões) relativos às vendas de Lucas e Carlos Eduardo. Desse total, 10% serão destinados ao abatimento das dívidas com ex-atletas.

Idealizado em 2005 pelo advogado Celso Rodrigues, o condomínio dos credores revelou-se uma solução criativa para um problema que se arrastava havia anos, sem perspectiva de solução.

Sem dinheiro para quitar os débitos trabalhistas, que beiravam na época os R$ 20 milhões, o Grêmio propôs aos credores um pagamento vinculado a futuras transações de jogadores e pagamento por direitos de formação.

Pelo acerto, 10% de cada venda seriam repassados ao condomínio. Feito o acordo, as ações judiciais foram retiradas e cessaram as penhoras sobre as arrecadações de jogos.

Outra forma de pagamento foi proposta a Danrlei, Tinga, Fábio Baiano e Roger, cada um deles com R$ 2 milhões a receber. A esses jogadores, o pagamento vem sendo feito em parcelas mensais que variam de R$ 25 mil a R$ 30 mil, descontadas mensalmente da cota paga pelo Clube dos 13.

– Para os jogadores, a criação do condomínio representou a certeza de que serão pagos, mesmo que num prazo maior – afirma Rodrigues, atual diretor jurídico do Clube dos 13.

Segundo os dirigentes, a maior vantagem do condomínio é permitir o pagamento de dívidas antigas sem o comprometimento da receita ordinária. Com a média de uma grande venda por ano, o Grêmio está conseguindo saldar em 18 meses dívidas que levariam cinco anos para serem pagas.

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