| 20/08/2007 08h45min
Contra o Paraná, no sábado, no Olímpico, Carlos Eduardo deixou o campo de maca naquela que pode ter sido sua despedida do Grêmio. Caso confirme a oferta de € 10 milhões de euros (R$ 27,4 milhões), o Hoffenheim, da segundona alemã, o levará nesta semana. Encerrará trajetória de menos de oito meses de duração no Olímpico.
Além do dinheiro, que reequilibra suas finanças, o Grêmio manterá 15% dos direitos em futura venda do jogador. Além do empresário Jorge Machado, procurador de Carlos Eduardo, as tratativas são feitas por Jorge Wittmann, presidente da empresa alemã Rogon. Ao mesmo tempo em que negociava com o Grêmio, a Rogon acertou a ida de Josué do São Paulo para o Wolfsburg.
No sábado, eram fortes os rumores de que o anúncio da venda seria feito no final da tarde. Em conversas reservadas com jornalistas, conselheiros revelavam minúcias sobre os números da negociação. Contavam até mesmo detalhes sobre uma festa de despedida que o jogador teria oferecido aos amigos. Nada que tivesse sido confirmado.
Encerrado o jogo, no entanto, o presidente Paulo Odone garantiu que a nova proposta ainda não havia chegado. A primeira, que se aproximou de € 8 milhões (R$ 21,9 milhões), foi recusada.
– Ainda não chegaram aos valores que pedimos – confirmou.
As tratativas são feitas sob absoluto sigilo. Adilson Batista, presidente do Adap/Galo Maringá, empresa parceira da Rogon e detentora dos direitos do atacante Adriano, do Inter, disse ontem que não estava autorizado a confirmar os valores da proposta.
Batista afirmou ainda que o negócio havia sido paralisado sexta-feira. Mas deixou aberta a possibilidade de que o anúncio possa sair em breve.
– No futebol, o que foi ontem pode não ser hoje – desconversou.
Mesmo que sua saída não se confirme esta semana, Carlos Eduardo não poderá atuar no sábado, contra o Fluminense, pois está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Questionado se o jogo de sábado havia marcado sua despedida do Olímpico, Carlos Eduardo foi sucinto:
– Ainda não.
ZERO HORA