| 28/07/2007 08h57min
O Brasil entra no penúltimo dia de competições dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro sonhando com a segunda colocação na classificação geral, mas precisando descontar uma diferença de seis medalhas de ouro a favor de Cuba. As chances existem. O Brasil vai para finais em atletismo, futsal, vôlei masculino, canoagem, ginástica rítmica, vela e tênis. E ainda disputa semifinais no tênis de mesa e no basquete masculino.
No atletismo, as maiores chances são no salto triplo, que terá a participação de Jadel Gregório, líder do ranking mundial da modalidade na temporada e dono do novo recorde sul-americano, com 17,90m, conquistado no GP Brasil, no mês de maio, após ultrapassar a histórica marca de João do Pulo. Em Santo Domingo, há quatro anos, ele conquistou a medalha de prata.
Quem também tem chances de garantir um ouro é Anselmo da Silva, que disputará a final dos 110m com barreiras. Nas etapas eliminatórias, ele ficou com o melhor tempo no geral, com a marca de 13s56.
A equipe do revezamento 4x 100m masculino tem tudo para levantar a torcida no estádio João Havelange. Dona do atual recorde pan-americano (38s18), o quarteto formado por Vicente Lenílson, Rafael Ribeiro, Basílio Moraes e José Carlos Moreira deverá fazer um duelo emocionante contra Canadá e Estados Unidos.
O Brasil ainda estará presente nas seguintes provas: Fábio Gomes e João Gabriel Souza (salto com vara); 800m rasos masculino (Kléberson Davide e Fabiano Peçanha); 3.000m com barreiras feminino (Sabine Heitling e Zenaide Vieira); 3.000m com barreiras masculino (Gladson Barbosa e Celso Ficagna); Alexon Maximiano e Júlio César Miranda (lançamento de dardo); revezamento 4 x 400m masculino (Luis Eduardo Ambrosio, Sanderlei Parrela, Fernando Almeida e Anderson Santos) e revezamento 4 x 400m feminino (Josiane Tito, Maria Laura Almirão, Perla dos Santos e Sheila Ferreira).
No futsal, mais uma oportunidade para derrotar os hermanos argentinos. Comandados por Falcão, o Brasil não deve ter a menor dificuldade para vencer e conquistar o ouro, às 10h15min.
A canoagem terá cinco finais na manhã deste sábado. O Brasil estará presente na K1 500m, com Edson Silva, vencedor da primeira bateria eliminatória. Já Nivalter Santos está nas decisões do C1 500m e C1 1.000m. Mas a maior esperança de ouro é do K2 500m, formado por Guto Campos e Roberto Maheler.
Na vela, a situação é bastante promissora. O Brasil entra no último dia de competições com três barcos na liderança. Nas classes snipe (Alexandre Paradeda e Pedro Tinoco) e RS:X masculino (com Ricardo Winicki, o Bimba), basta uma segunda colocação. Já a J24 (Alexandre Saldanha, Daniel Santiago, João Carlos Jordão e Maurício Santa Cruz) não pode relaxar, já que tem apenas um ponto de vantagem sobre os rivais argentinos.
Outras três classes estão na segunda colocação no geral, mas com possibilidade de reverter o quadro. Na laser, Robert Scheidt precisa vencer e torcer para o norte-americano Andrew Campbell não vir logo atrás. Na lightning, Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Batista estão um ponto atrás do barco chileno. Por isso, o ouro só virá com uma vitória. No RS:X feminino, Patrícia Castro tem situação semelhante a Scheidt. Precisa vencer e torcer contra a canadense Dominique Vallée. De manhã, uma batalha nos bastidores tenta reverter a desclassificação do hobie cat 16. Caso tenha êxito, o Brasil só precisa completar a regata para faturar o ouro, já que tem uma diferença de nove pontos sobre o segundo colocado, a embarcação da Guatemala.
O tênis, por sua vez, tem o paulista Flávio Saretta como grande esperança. Depois de reverter um quadro praticamente perdido diante do argentino Eduardo Schwank, ele enfrentará o chileno Adrian Garcia na final. Os dois tenistas já se encontraram três vezes, e o brasileiro venceu todas.
Ouro praticamente certo é o da ginástica rítmica. E provavelmente em dose dupla, já que o conjunto nacional, que sagrou-se tricampeão nessa sexta, é o favorito absoluto na disputa por aparelhos. O primeiro exercício será o de cinco cordas. Em seguida, o país busca o título no evento de três arcos e duas maças.
Completando o dia de possíveis ouros, o vôlei masculino, confirmando o favoritismo, passou pela Venezuela na semifinal e terá os Estados Unidos na grande decisão, com o Maracanãzinho lotado a partir das 22h. Apesar do caso Ricardinho ter causado polêmica, dentro de quadra, a equipe de Bernardinho soube separar as coisas e tem tudo para voltar a conquistar a medalha de ouro no Pan-Americano.
Semifinais
Com três vitórias na primeira fase do Pan, a seleção masculina de basquete disputa neste sábado a semifinal contra o vencedor de Uruguai e Panamá. O técnico Lula Ferreira acredita que o time já está bem melhor do que na estréia, quando passou por Ilhas Virgens. Para o ala Marquinhos, o time terá de corrigir alguns erros mostrados na difícil vitória sobre Porto Rico:
– Será preciso trabalhar mais a bola e ter tranqüilidade nos passes. Começamos bem contra Porto Rico, mas depois complicamos uma partida que estava a nosso favor. Isso não pode voltar a acontecer.
Já a equipe de tênis de mesa, comandada por Hugo Hoyama, pode garantir uma final brasileira ainda neste sábado. O primeiro a jogar é Thiago Monteiro, que enfrentará o chinês naturalizado dominicano Lin Ju. A seguir, Hoyama terá pela frente o chinês naturalizado argentino Song Liu.
Sonhando com pódio
Já em outras modalidades, o Brasil espera, pelo menos, subir ao pódio, já que o ouro parece um sonho distante. No último dia das lutas, a aposta é Antoine Jaoude, que tenta repetir a prata de Santo Domingo na luta livre até 96kg. No nado sincronizado, a equipe tem tudo para levar o bronze, Cassius Duran e Hugo Parisi disputam a plataforma nos saltos ornamentais, enquanto o trampolim acrobático tenta o pódio inédito com Giovanna Matheus, terceira melhor no primeiro dia, e Carlos Pala, segundo melhor.
GAZETA PRESS