| 22/07/2007 19h43min
O corte de Ricardinho dias antes da estréia da seleção brasileira no torneio de vôlei masculino dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro abalou o grupo comandado por Bernardinho. Embora muitos tenham evitado qualquer comentário sobre a ainda inexplicável saída do jogador, alguns falaram à imprensa e foram solidários ao companheiro.
O ponta Giba, que herdou a vaga de capitão da equipe, saiu do treino deste domingo cabisbaixo e não quis dar entrevistas. Já Gustavo e Serginho, os únicos que atenderam os jornalistas, revelaram que foram solidários a Ricardinho e até o visitaram no quarto antes que deixasse a concentração.
– É o mínimo que a gente podia fazer. Ele foi pego de surpresa, assim como nós – revelou, em poucas palavras, o meio-de-rede Gustavo.
O líbero Serginho, por sua vez, reforçou que o grupo não sabia da decisão e que teriam tentado evitar, caso soubessem antes.
– Fosse com ele ou com qualquer outro, a gente teria tentado falar com o Bernardinho. Quem não quer ter o Ricardo no time? Ele é o melhor do mundo. Mas a decisão nos pegou de surpresa e veio do técnico. Temos que acatar – sintetizou.
Já o treinador Bernardinho voltou a justificar o corte de Ricardinho. Porém, sem dar muitos detalhes.
– Minha consciência está tranqüila, apesar de ser um momento de intranqüilidade. Isso gerou um desconforto no grupo, que está sentido. Mas a decisão não tem nada a ver com o meu filho. Precisava dar um basta em algumas coisas. Foi um acúmulo – explicou o técnico, respondendo às críticas de que Bruninho teria sido convocado por ser seu filho – Não foi um fato isolado ou uma reivindicação dele que me fez tomar essa atitude. O que quero agora é que o Ricardo reflita e volte mais amadurecido – completou Bernardinho, ainda misterioso com relação ao que teria provocado o corte do jogador às vésperas do início da competição.
O primeiro jogo será no dia 23, segunda-feira, contra o Canadá. O comandante ainda afirmou que esta foi a última vez em que tocou no assunto.
GAZETA PRESS