A seleção brasileira de handebol feminino está muito perto de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro. Este sábado, às 10h30min, é a última escala das catarinenses Eduarda Amorim, Fabiana Gripa e da goleira Chana rumo ao esperado título.

Nesta quinta-feira, na semifinal, o time massacrou a República Dominicana por 46 a 13. Faltavam 20 minutos para o fim do jogo quando o torcedor começou a cantar: "Au, au, au, Brasil tá na final". O adversário na decisão será Cuba.

– Fizemos nossa parte, agora só falta um obstáculo – comemorou Fabiana, feliz ao lado do marido Róbson, dos sogros e do cunhado, que chegaram nesta quinta-feira ao Rio.

Contra as dominicanas, o técnico espanhol Juan Oliver decidiu poupar algumas jogadoras, principalmente as que mais apanharam das cubanas no último jogo da primeira fase, terça-feira.

Melhor para as blumenauenses Duda e Fabiana, que jogaram praticamente o tempo todo. Fabiana, pela primeira vez com os familiares nas arquibancadas, teve a melhor atuação no Pan, marcando quatro gols. Eduarda, com um corte logo abaixo do olho, "presente" de uma cubana, fez um.

Entre as poupadas pelo treinador estava a goleira titular, a catarinense Chana, que admitiu estar sentindo uma contusão sofrida na reta final do Campeonato Alemão. Mas o time nem precisou dela, que só entrou em duas oportunidades, para defender tiros de sete metros.

– Não escolhemos adversário. Sabemos que são estilos diferentes, Cuba é mais forte e a Argentina, mais técnica, mas quem vier, vamos passar porque queremos muito esse ouro – disse uma confiante Eduarda, que voltaria com toda a equipe ao Riocentro, para acompanhar das arquibancadas a outra semifinal.

VOCÊ SABIA?

O handebol feminino do Brasil está invicto há 12 anos em partidas disputadas nas Américas. A última derrota foi para os EUA, na decisão do Pan de Mar Del Plata, em 1995, por 26 a 25.