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 | 14/07/2007 09h50min

Ricardinho diz que ganhar o Pan é mais importante que a Liga

Levantador destaca que o Brasil não ganha a disputa das Américas há mais de 20 anos

Ricardinho, levantador e capitão da seleção brasileira de vôlei, declarou que o objetivo principal da equipe no momento não é o título da Liga Mundial, e sim a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro. Em 2003, no Pan de Santo Domingo o Brasil foi derrotado pela Venezuela na semifinal e perdeu a chance de brigar pelo lugar mais alto do pódio.

– Nossa preparação física não está direcionada para a Liga Mundial. Para nós o mais importante nesta temporada são os Jogos Pan-americanos – afirmou.

– Há mais de 20 anos não ganhamos esse título e, além disso, jogaremos em nosso país, no Rio de Janeiro. Acho que é perfeitamente compreensível por parte de todos que estejamos concentrados nesta competição e não na Liga Mundial – explicou o capitão da seleção brasileira.

No entanto, isso não significa que o Brasil renuncia à briga por uma vaga na final da Liga.

– Não sabemos jogar sem ser para ganhar. Faremos tudo o que estiver ao alcance para conseguir o quinto título consecutivo, mas jogar contra a Polônia nas semifinais será muito difícil. O público é excepcional, apoiando o time, mas ao mesmo tempo respeitando o Brasil – comentou.

Sobre a carreira, o jogador admitiu que a sua aposentadoria está próxima. Um bom momento, afirmou, poderia ser após uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim.

– Falar de aposentadoria nunca é fácil, mas após cinco anos ganhando tudo, um bom momento poderia ser no topo do pódio em Pequim. Esta equipe merece. E se Deus quiser a final olímpica pode ser minha despedida da seleção brasileira – disse Ricardinho.

O levantador explicou os altos e baixos da equipe.

– O primeiro jogo de qualquer competição sempre é difícil. Falta entrar no ponto, o que só se consegue com uma seqüência de jogos importantes – comentou.

– Nossa equipe precisa de tensão, coração, alegria, comemorando cada ponto, brigando por cada jogada, com paixão. Assim é o Brasil, e quanto mais difícil a situação, melhor jogamos. É nossa forma de ser e de sentir o vôlei, que nos fez ser a melhor equipe do mundo nos últimos cinco anos – avaliou.

AGÊNCIA EFE
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