| 29/05/2007 16h51min
A decisão da Fifa de proibir jogos internacionais em cidades com mais de 2,5 mil metros de altitude foi elogiada pelo ex-jogador e atual diretor médico da seleção argentina, Raúl Madero, pra quem jogar na altura é prejudicial a saúde dos jogadores.
– Que fique claro: não digo que não se pode jogar nas alturas. Porém, afirmo que, para fazer isso, é necessário se preparar com o tempo suficiente para evitar surpresas desagradáveis. Isto significa duas semanas para jogar entre 2,5 e 3 mil metros, três para fazê-lo entre 3 e 3,5 mil metros e quatro para mais de 3,5 mil metros – declarou o médico.
Segundo Madero, caso não haja o período de adaptação, “jogar a mais de 2,5 mil metros é outorgar vantagens esportivas”.
– Os estudos demonstram que jogar nessas condições produz alcalose (pH excessivo no sangue), provocando cefaléias, enjôos, náuseas, alterações gastrintestinais e fadiga. Aumentam também as possibilidades de lesões – disse. – Aceito que esta decisão vai ser questionada por alguns países, mas isso não tem por finalidade prejudicar ninguém. Simplesmente, tende a cuidar da saúde dos protagonistas do jogo – concluiu o médico.
GAZETA PRESS