| 24/05/2007 17h52min
A Polícia Federal (PF) divulgou nota nesta quinta-feira em que responde às críticas que recebeu de autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário desde que desencadeou a Operação Navalha, que desbaratou um esquema de fraudes em licitações em nível federal, estadual e municipal.
Mais cedo, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, chegou a acusar a PF de "canalhice" devido a supostos vazamos de informações. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se disse indignado por "coisas são ditas pela metade" e "insinuações" envolvendo deputados envolvidos com o esquema. Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião de seu conselho político, pediu a apuração de eventuais excessos.
Em defesa, a PF afirmou que sua relação com o Poder Judiciário é de "respeito e pleno acatamento às decisões, especialmente quando se trata da mais alta corte de Justiça do Brasil". Mas, na nota, preferiu não polemizar com Gilmar Mendes:
“Não cabe manifestação sobre a opinião pessoal de um de seus ilustres membros”, afirma o texto.
Os policiais aproveitaram para lembrar suas últimas ações contra a corrupção:
“Reafirmamos que a Polícia Federal vem aperfeiçoando os mecanismos de investigação. Tal fato tem permitido o desmanche de inúmeras organizações criminosas, com a colheita de indícios e de provas que revelam a materialidade de delitos de natureza grave e a sua autoria, com destaque para o combate das infrações penais cometidas contra a administração pública”, ressaltou a nota, lembrando ainda que todas suas ações foram apoiadas pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, e do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.
AGÊNCIA O GLOBO