| 22/05/2007 17h28min
Até as 16h desta terça-feira, a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já havia tomado o depoimento de cinco suspeitos de envolvimento com o esquema de fraudes em licitações desvendado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Nenhum desses cinco continua preso. A ministra relaxou nesta terça a prisão de quatro deles.
O quinto, o presidente afastado do Banco Regional de Brasília (BRB) Roberto Figueiredo Guimarães, já havia conseguido um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e estava livre desde a noite de domingo.
Segundo a PF, ele foi consultor financeiro do governo do Maranhão e intermediou a liberação de dinheiro público para a construtora Gautama. Em nota, Foberto Figueiredo, que foi secretário do Tesouro no governo Collor de Mello, admite que foi consultor do governo do Maranhã, mas se defende dizendo que não recebeu dinheiro ilegal.
Além de Figueiredo, foram ouvidos nesta terça-feira o secretário de Infra-estrutura de Alagoas, Adeilson Teixeira Bezerra, o subsecretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Denisson de Luna Tenório; o representante do governo de Alagoas em Brasília, Eneás de Alencastro Neto; e José Vieira Crispim, diretor de Obras da Secretaria de Infra-Estrutura de Alagoas. Todos tiveram a prisão relaxada.
A ministra ouve nesta tarde José de Ribamar Ortegal, funcionário da Secretaria de Infra-Estrutura do Maranhão. O depoimento dele não estava previsto. Em seguida, deverá ser ouvido o assessor especial do Ministério de Minas e Energia Ivo Almeida Costa.
Na segunda-feira, o STJ concedeu liberdade a sete depoentes. Outros quatro já estavam soltos por força de liminares do STF ou do próprio STJ. Segundo a assessoria da ministra, os benefícios foram concedidos porque já não havia mais razão para manter os investigados encarcerados.
Ainda serão ouvidos o diretor do Detran e ex-secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Márcio Fidelson Menezes; o lobista Sérgio Luiz Pompeu Sá; o presidente da Companhia Energética do Piauí, Jorge Targa Juni; o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano; o assessor da prefeitura de Camaçari, Edílio Pereira Neto; e o empresário José Edson Vasconcelos Fontenelle.Targa Juni teve o pedido de habeas corpus negado nesta terça-feira pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
AGÊNCIA O GLOBO