| 22/05/2007 13h27min
A paralisação de 72 horas da Polícia Federal está prejudicando a emissão de passaportes e outros documentos. O serviço foi suspenso. Serão atendidos apenas casos de urgência. As perícias da Operação Navalha, que investiga irregularidades na liberação de verbas para obras públicas em todo o país, também podem ser prejudicadas.
Até quinta-feira (24), policiais só devem trabalhar em serviços considerados essenciais, como os flagrantes e a custódia de presos. Os policiais pedem o pagamento de um reajuste de 30%, que representa a segunda parcela do aumento de 60% prometido no ano passado.
Em São Paulo, mais de 300 pessoas que estavam em uma fila na Superintendência da PF se revoltaram. Conforme o site G1, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf/SP), Francisco Carlos Sabino, disse que idosos e crianças de colo serão atendidos e que serão distribuídas senhas para 100 casos de urgência. Ele afirmou que o atendimento deve voltar ao
normal na sexta-feira (25).
No Rio de Janeiro, além da suspensão dos serviços, deve haver operação-padrão no aeroporto Tom Jobim. Nessas ocasiões, agentes vistoriam a documentação e bagagem de todos os passageiros, provocando lentidão no atendimento. Até as 10h de hoje, o embarque ocorria normalmente.
Os policiais também confirmaram a paralisação em Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória. No Paraná, os cerca de 600 agentes das sete delegacias da PF no Estado devem permanecer de braços cruzados até quinta-feira.
Ontem, policiais participaram da terceira reunião de negociação com representantes do governo, mas não chegaram a acordo. O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Sandro Torres Avelar, disse à Agência Brasil que o governo quer repassar o reajuste em duas parcelas, em março de 2008 e março de 2009. Os policiais, porém, querem que a primeira parcela seja paga em 2007.