A Força Aérea Brasileira negou no início da noite desta terça-feira que tenha havido falha de comunicação entre o avião que, na noite de domingo, levou o papa Bento XVI de volta à Itáia e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) de Recife. A acusação foi feita na tarde desta terça-feira pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo.

Efraim disse que iria entregar ao presidente da CPI um CD que comprovaria uma tentativa de contato sem sucesso entre a aeronave e o Cindacta.

Segundo a FAB, o piloto consultou o Cindacta sobre a possibilidade de transmitir um agradecimento do Pontífice para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, segue a Aeronáutica, ao realizar tal pedido, o piloto teria dado a entender que a mensagem duraria 23 minutos. O desentendimento, segundo a FAB, deveu-se ao fato de o piloto italiano ter dito que a mensagem duraria “two three minutes” ("dois, três minutos").

De acordo com a Aeronáutica, desde o pedido inicial até a gravação da íntegra do agradecimento do Papa – com dois minutos de duração - decorreram aproximadamente oito minutos, sem ter havido qualquer falha de comunicação.