| 14/05/2007 20h
Membros da Aeronáutica brasileira queixaram-se nesta segunda de contingenciamento de verbas para o sistema de segurança de tráfego aéreo. A reclamação foi apresentada pelos controladores de vôo aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea, que estiveram no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), na parte da tarde.
O órgão é responsável pelo controle de vôo na região Centro-Oeste e em parte do Sudeste. A visita começou pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileira, onde os parlamentares observaram o trabalho integrado da defesa aérea com o sistema de controle aéreo civil.
O montante retido pelo governo seria de aproximadamente R$ 800 milhões, oriundo das tarifas aeroportuárias pagas por passageiros. Cerca de R$ 600 milhões são necessários para o Brasil. No ano passado, foram gastos R$ 480 milhões.
De acordo com a aeronáutica, o sistema está no limite, mas ainda mantendo a segurança dos passageiros.
Nesta terça-feira, a CPI pretende ouvir seu primeiro depoimento. O convocado é o delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, responsável pelo inquérito sobre o acidente com o avião da Gol no ano passado. A CPI quer ouvir ainda nesta semana o coronel Rufino Ferreira da Silva, que preside a comissão criada pela Aeronáutica para investigar a tragédia.
Segundo a assessoria de imprensa da Aeronáutica, o grupo de 16 deputados foi recebido pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileira (Comdebra).
O Cindacta 1 em Brasília é um dos dois ambientes investigados pela Polícia Federal por conta de possíveis falhas que ocasionaram a queda do avião da Gol Linhas Aéreas, em 29 de setembro de 2006.
No meio do mês de março, uma falha em um equipamento do Cindacta causou novos atrasos nos aeroportos brasileiros. No final de março, controladores de vôo do país, inclusive os do Cindacta 1, fizeram um motim e paralisaram as
operações para exigir melhores
condições de trabalho.