Carlos Eugênio Simon não deve apitar nenhum jogo do Atlético-MG neste Campeonato Brasileiro. A decisão do presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Edson Rezende, foi tomada “em respeito ao clube, ao torcedor e ao árbitro”.

Simon foi apontado pelos atleticanos como responsável pela eliminação na Copa do Brasil diante do Botafogo por não assinalar um pênalti na partida de quinta-feira. Segundo Rezende, a comissão tem adotado essa postura ultimamente para evitar revolta daqueles que se sentiram prejudicados e preservar a imagem do árbitro.

O dirigente acredita que Simon não deu vantagem no lance, pois, nesse caso, poderia voltar atrás após a vantagem não ter sido caracterizada e marcar o pênalti.

– Ele interpretou que não foi falta – opina.

Rezende disse que Simon fazia uma arbitragem muito boa até aquele momento (46 minutos do segundo tempo) e que o erro será analisado na próxima semana para decidir se cabe uma punição. Por enquanto, o gaúcho deve ficar na geladeira por algumas rodadas do Brasileiro.

Em entrevista ao um programa de televisão, Simon admitiu que falhou.

– Eu não tive a convicção clara do pênalti, por isso não assinalei. A bola ainda sobrou para o companheiro do atacante que tinha condições de fazer o gol, mas não fez. Revendo o lance na televisão, vi que houve o pênalti e eu errei. Tenho o maior respeito pelo Clube Atlético Mineiro, pela sua torcida apaixonada e por tudo que representa para o futebol nacional esse grande clube. Fiquei muito chateado. Estou chateado ainda, porque, evidentemente, eu não queria que acontecesse isso. Mas fazer o quê? Sou um ser humano e errei. Admito o erro – acrescentou.

GAZETA PRESS