O último debate entre os candidatos ao governo do Estado foi realizado na manhã desta sexta-feira, dia 25, na Rádio Eldorado, em Criciúma. Do lado de fora da emissora, na avenida Centenário, militantes dos dois candidatos deram trabalho para a Polícia Militar, inclusive com agressões físicas que resultaram em ferimentos numa adolescente. No estúdio, houve momentos de tensão e troca de acusações pessoais.

Na tréplica do último bloco do programa, após ser questionado com insistência, Esperidião Amin (Por Santa Catarina Melhor) insinuou que Luiz Henrique da Silveira (Todos por Toda Santa Catarina) agia como se ainda fosse comissário da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), órgão conhecido pela prática da tortura durante o período da ditadura.

De acordo com Amin, o adversário foi nomeado em 1958 pelo então governador Heriberto Hülse, que tinha Paulo Konder Bornhausen como secretário da Justiça. Sem tempo para responder no mesmo bloco do programa, Luiz Henrique utilizou o espaço para as considerações finais para rebater a acusação.

– Jamais fui comissário de coisa alguma. Fui escrivão e acabei perseguido. Nunca fui nomeado bionicamente pela ditadura – contra-atacou o candidato da coligação Todos por Toda Santa Catarina, que classificou a insinuação como "golpe baixo".

Afora as acusações, os dois candidatos repetiram as estratégias postas em prática na noite anterior, durante o debate promovido pela RBS TV, na Capital. Amin procurou relacionar o adversário ao governo de Paulo Afonso Vieira e voltou a atacar o candidato a vice-governador e ex-prefeito de Criciúma, Eduardo Pinho Moreira.

– Quem quebrou o Besc foi o PMDB e o seu vice deve US$ 1 milhão – disparou.

Por sua vez, Luiz Henrique invocou a teoria de Goebels (chefe da propaganda nazista) para rebater as acusações.

– É mentira atrás de mentira até se tornar verdade. O Eduardo (Pinho Moreira) nunca tomou empréstimo. Ele era apenas acionista da Trivial (empresa que obteve empréstimo) – retrucou.

O candidato da Todos por Toda Santa Catarina também procurou ressaltar o apoio de Lula a sua candidatura em quatro dos seis blocos do programa.

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