| 07/05/2007 23h55min
O Brasil sagrou-se campeão da primeira edição da Copa do Mundo nesta segunda-feira, em Belo Horizonte. Diante de um excelente público, o país conquistou mais quatro medalhas de ouro, quatro pratas e sete bronzes. Com isso, o país termina a participação no evento como campeão geral, com 25 medalhas, seguido dos cubanos com 11.
Numa disputa dura com o também brasileiro Pedro Guedes, Leandro Guilheiro acabou levanto a melhor nos últimos momentos da luta e ficou com o ouro na categoria leve. Para o judoca, aliás, a capital de Minas Gerais sempre lhe trás boas lembranças nas disputas.
– Belo Horizonte está sempre no meu caminho por um objetivo maior. Minha caminhada até os Jogos de Atenas começou aqui, quando ganhei uma edição do Troféu Brasil. Espero que a conquista de hoje seja um sinal – afirmou Guilheiro, que ficou com o bronze em Atenas, em 2004.
Já Erika Miranda levou o público mineiro ao delírio com uma vitória sobre a cubana Sheila Espinosa. A judoca acredita que se for escolhida para disputar os Jogos Pan-Americanos neste ano, no Rio de Janeiro, pode reeditar a luta desta segunda-feira numa final.
– Foi uma final antecipada do Pan. Ela é uma excelente lutadora, mas eu estou bem treinada e consegui uma vitória importantíssima para a minha caminhada rumo aos Jogos. Tem muito mais sabor vencer em casa, com a torcida apoiando – comemorou Érika.
O terceiro ouro brasileiro do dia veio numa das lutas mais rápidas da competição. Contra o cubano Rubert Martinez, Flávio Canto não precisou de mais de 20 segundos para garantir o lutar mais alto no pódio. A luta foi uma reedição da final dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003.
–Agora é pensar nos Jogos Pan-Americanos, o nível estava muito bom e essa definição que a CBJ chegou foi ótima para este momento do judô brasileiro. Tenho certeza que o Tiago Camilo fará um bom papel no Pan, inclusive estou patrocinando o regime de engorda dele – destacou Flávio.
No meio-leve masculino, a disputa acirrada entre o campeão mundial João Derly e o campeão pan-americano Leandro Cunha permaneceu equilibrada. Nesta segunda-feira, os dois garantiram a medalha de bronze na Copa do Mundo e seguem empatados no processo seletivo para o Pan.
– Acho que fui prejudicado na semifinal contra o Yordanis Arencibia, mas acontece. Estou triste, pois queria ganhar o ouro em casa. Mas, acredito que a decisão da comissão técnica para a formação da equipe dos Jogos Pan-Americanos será a melhor possível, pois o nosso treinador, o Luiz Shinohara, entende muito de judô – declarou Derly.
Leandro Cunha também deposita as esperanças nos critérios da CBJ.
– Cada um tem sua opinião, mas acho que fiz uma boa campanha. Estou confiante que a decisão da comissão técnica será a melhor para o Brasil. O João é um grande atleta e estou sempre acostumado a ter sempre um grande campeão na minha categoria – ressalta.
Por fim, a última luta do evento reuniu o maior clássico do judô feminino pan-americano: Edinanci Silva contra Yurisel Laborde, três vezes medalhista olímpica. A cubana, entretanto, acabou vencendo a luta contra a brasileira no golden score (desempate).
– A luta com a Edinanci é sempre dura e espero que essa seja a final dos Jogos Pan-Americanos. Se isso acontecer, podem ter certeza de que será uma das melhores lutas da competição. A Copa do Mundo do Brasil foi muito organizada e estou satisfeita com o resultado – encerrou Yurisel Laborde.
GAZETA PRESS