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 | 03/05/2007 09h01min

37 investigados pela Furacão movimentaram R$ 74,6 milhões em seis anos

PF promete efetuar mais prisões de "sardinhas" que serviriam a "tubarões" do esquema

Entre 1º de janeiro de 2000 e 16 de abril deste ano, um grupo de 37 suspeitos de envolvimento no esquema de venda de sentenças investigado na Operação Furacão, da Polícia Federal (PF), movimentou R$ 74,6 milhões. A informação consta de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre contas bancárias de acusados, remetido à Polícia Federal na segunda-feira.

A PF informou que fará mais prisões, de "sardinhas" que operavam para os "tubarões" do esquema. Na primeira fase da Furacão, o Ministério Público denunciou 28 pessoas, entre magistrados, bicheiros e policiais. Em relatórios anteriores remetidos à PF e ao MP, o Coaf já havia identificado movimentações suspeitas associadas a 14 envolvidos. As outras 23 pessoas foram localizadas depois que o conselho fez um "pente-fino" em seus arquivos. Foram rastreados 80 nomes suspeitos de ligação com o esquema. Uma cópia do relatório também chegou à Procuradoria-geral da República.

O diretor de Inteligência da PF, Renato da Porciúncula, afirmou que a Furacão terá uma nova fase, para prender as "sardinhas".

– Serão devidamente enlatadas – disse Porciúncula.

No início da próxima semana, a PF deve concluir uma série de relatórios com o resultado das buscas e apreensões realizadas durante a Furacão. Foram recolhidas quase duas toneladas de documentos e material digital.

Porciúncula, que classificou os resultados como "muito bons", disse que a documentação apreendida confirmou todos os indícios levantados no inquérito e também ajudará a PF a avançar em outras investigações em andamento. Porciúncula comentou que a PF "aprendeu muito" com a Furacão, cujas investigações envolveram de desembargadores a chefões do jogo do bicho.

– Alguns deles saíam de casa com mais de 20 seguranças – disse, referindo-se a bicheiros.

O desafio da PF, nesses casos, era evitar a identificação dos investigadores que trabalhavam no inquérito. Além de instalar escutas telefônicas e ambientais, a PF seguiu bicheiros, advogados e magistrados durante toda a operação. Foram gravadas até conversas em mesas de restaurantes.

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