| 29/04/2007 18h21min
O Atlético mostrou que está mesmo disposto a levantar a taça de campeão mineiro, coisa que não faz desde o ano 2000. Com um gol relâmpago e outro de placa, o Galo goleou o Cruzeiro por 4 a 0, na tarde deste domingo, no Mineirão, e leva a vantagem de poder até perder por três gols de diferença na segunda partida para levar o título do Campeonato Mineiro.
A segunda batalha está marcada para o próximo domingo, dia 6 de maio, no Mineirão. Enquanto a Raposa folga no meio da semana, o Galo recebe o Botafogo, nesta quarta, no jogo de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil.
A primeira boa escapada foi do Atlético, aos três minutos. Danilinho avançou pela esquerda, chutou cruzado, mas Fábio segurou firme. Minutos depois, Araújo respondeu ao entortar Bilu com um drible entre as pernas e cruzar para Fellype Gabriel. O camisa 10 chutou firme, mas Diego botou para escanteio. O Galo executava bem as jogadas ensaiadas. Aos 13, Coelho rolou para Danilinho, livre, pela direita, chutar em cima de Fábio.
A pressão aumentou, e o Galo quase abriu aos 23, em uma cobrança de falta. Coelho lançou, e Marcos cabeceou para a pequena área. A zaga da Raposa tirou errado, e o capitão alvinegro chutou de fora, acertando o travessão. Três minutos depois, o goleiro Diego lançou Éder Luís na direita. O atacante avançou ligeiro, driblou Gladstone, passou por Fábio e chutou cruzado. A bola passou limpa em frente ao gol celeste vazio.
O Cruzeiro abusava das faltas tentando parar as jogadas rápidas do Galo, e, aos 37, ficou com um a menos. Gladstone derrubou Danilinho, que avançava livre em direção ao gol. Como já tinha amarelo, recebeu o vermelho.
Mas a Raposa estava viva e, em seguida, chegou com perigo, com Araújo obrigando Diego a fazer boa defesa. Preocupado com a desvantagem numérica, o técnico Paulo Autuori reforçou a defesa, ao trocar Fellype Gabriel pelo zagueiro Simões.
Na volta do intervalo, o gol alvinegro que tanto teimou em não sair no primeiro tempo pintou como um relâmpago. Logo após a saída de bola, Danilinho partiu como um ponta-direita até a linha de fundo e cruzou para Éder Luís cabecear forte, para o chão, sem chance para Fábio. Gol do Galo aos 25 segundos da etapa final.
O Galo ganhou moral e continuou dominando. Autuori resolveu botar Guilherme e Maicosuel nas vagas de Geovanni e Nenê, para tentar reagir diante da superioridade alvinegra. A torcida cruzeirense aprovou e voltou a gritar pelo time, que cresceu de produção. Aos 18, o jovem atacante Guilherme arriscou de fora da área, que arrancou tinta do trave de Diego. E logo depois, Maicosuel chutou cruzado, com perigo, mas para fora.
Reestabelecido o equilíbrio, o Atlético chegou perto duas vezes seguidas. Luizão quase marca contra ao tentar cortar um cruzamento, mas Fábio voou e segurou. E logo depois, Éder Luís chegou sozinho, mas foi parado pelo goleiro celeste. Os dois se estranharam, mas o Cléver Assunção Gonçalves não marcou nada.
O Galo continuou muito veloz. Aos 30, após passe de trivela de Marcinho, Galvão surgiu da esquerda e chutou muito próximo à trave azul. Logo depois, Danilinho pegou um rebote e quase fez o segundo. Mas a vitória alvinegra foi coroada com um golaço, que premiou um dos melhores em campo. Aos 36, o atacante recebeu um belo lançamento, deu um chapéu em Fábio e, meio sem ângulo, tocou para o gol vazio. Gol de placa!
A situação da Raposa só piorou. Aos 42, Simões foi expulso após entrada violenta em Danilinho. E aos 44, Fábio fez pênalti em Marcinho. Ele mesmo cobrou e aumentou o placar. Em um lance de pura desatenção celeste, na saída de bola, o Galo sacramentou a goleada, ao roubar a bola, avançando rapidamente e tocando para o gol vazio. O goleiro Fábio estava de costas e só viu a bola quando estava lá dentro.