| 27/04/2007 21h09min
Garantir um lugar na final do Estadual foi uma tarefa árdua para torcedores da Chapecoense. Os ingressos esgotaram ainda na quinta-feira na maioria dos pontos de venda. Na sexta pela manhã, a fila no último ponto de venda, na sede do clube, chegou a ter 150 pessoas.
O estudante Renan Nissola, de 17 anos, que mora no interior de Chapecó, fez 22 quilômetros de carro até a sede do clube. Ele chegou às 6h30min e garantiu o primeiro lugar na fila. Mesmo assim, teve que esperar três horas até o início da venda dos últimos 500 ingressos enviados pela Federação Catarinense de Futebol.
Nissola disse que o sacrifício é válido. Ele aposta numa vitória da Chapecoense por 2 a 0. O motorista Vilson Manfroi chegou na fila às 7h15min e também ficou cerca de três horas até conseguir o ingresso para os filhos Lidu e Marcelo. Lidu tinha aula e Marcelo estava trabalhando. Jackson Ricardo da Silva levou até a sogra, Tânia Zanelatto, para a fila.
E não foi por castigo. A sogra é fã da Chapecoense e também do genro. Até chimarrão fez para combater o frio. O pintor Rogério Putzel foi bem agasalhado para a fila. E algumas paredes tiveram que esperar, pois a cor verde é a sua predileta. O vendedor Júlio Gomes dos Santos não quis arriscar ficar na fila e comprou ingressos na Coréia, onde ainda sobravam bilhetes. Vai assistir a final em pé, mas não reclama.
- Não posso perder esse jogo.
Os ingressos terminaram às 10h15min, segundo o gerente de futebol, Carlinhos Almeida. O diretor financeiro Valdecir Scalvi disse que, no domingo, só serão vendidos ingressos caso a torcida do Criciúma não complete os mil lugares reservados.
Três cambistas foram presos nesta sexta na Avenida Getúlio Vargas, numa operação conjunta entre as polícias civil e militar. Com eles, havia dinheiro e 17 ingressos. As cadeiras, que custavam R$ 30, estavam sendo comercializadas a R$ 40. Os cambistas eram de Florianópolis e Palhoça. Os ingressos foram apreendidos e os cambistas liberados após depoimento.
COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE