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 | 27/04/2007 14h46min

Nadadora Flávia Delaroli quer se classificar em duas modalidades

Atleta espera garantir vaga nos 50 e 100m livres e no revezamento 4x100m livre

Com o objetivo de assegurar duas vagas no Pan-Americano de 2007, Flávia Delaroli disputa o I Troféu Maria Lenk a partir de terça-feira, no Rio de Janeiro. A competição no Parque Aquático Júlio De Lamare é válida como a última seletiva para os Jogos e a velocista mineira já detém índices nos 50 e 100 metros livres. Além disso, é forte candidata a fechar a série no revezamento 4x100m livre. Para sustentar o status conquistado ao longo das cinco competições que contaram marcas para o Pan, Flávia Delaroli deposita confiança no intenso ritmo de treinos ao qual tem se submetido desde o Mundial de Melbourne, no mês passado.

– Tenho trabalhado a base desde que voltei da Austrália. Não estarei no auge da minha forma por não estar descansada, mas esse ciclo de treinos tem por objetivo conseguir uma vaga no Pan e fazer com que eu nade bem lá. Não adianta focar a classificação e ir mal nos Jogos. Também não adianta nada pensar a longo prazo e ser eliminada – afirmou Flávia Delaroli, que ainda disputará os 50 metros costas e borboleta e os revezamentos 4x100m medley e 4x50m livre no Troféu Maria Lenk.

Como país-sede, o Brasil tem direito a dois nadadores por modalidade. A definição, segundo os critérios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, leva por base o ranking nacional que teve início no Troféu José Finkel do ano passado. Ou seja, os dois melhores tempos de cada prova representarão o país nos Jogos. Com o tempo de 25s62, Flávia é a segunda colocada nos 50 metros livre e, com 56s19, é líder nos 100 metros. As excelentes marcas, entretanto, precisam ser reafirmadas no Rio de Janeiro e o que não faltam são adversárias de olho na vaga.

– O risco sempre existe. Várias meninas nadam em uma faixa de tempo inferior às atletas consideradas de ponta e, se por acaso uma delas se desgarra desse grupo, automaticamente se torna uma ameaça – admitiu a velocista.

O Troféu Maria Lenk – nova denominação do Troféu Brasil, em homenagem à legendária nadadora brasileira morta recentemente – também contará como seletiva para outros países sul-americanos, casos de Argentina, Chile e Peru.

– Isso é muito bom, pois eleva o nível da disputa – disse.

Atrações internacionais não vão faltar na disputa. Na busca pelo pentacampeonato, o Esporte Clube Pinheiro investiu pesado em contratações. Dos Estados Unidos virá Ryan Lochte, que conquistou ouro e bateu os recordes mundiais dos 200m costas e 4x200 livre no Mundial de Melbourne. Para o feminino, o reforço é a sueca Therese Alshamar, recordista mundial dos 50m livre em piscina curta e ouro no 50m borboleta na Austrália.

A Unisanta vem com a argentina Georgina Bardach, bronze nos 400 medley nas Olimpíadas de Atenas. O Minas Tênis Clube, principal adversário do Pinheiros, aposta na alemã Marieta Uhle, presença já comum em piscinas nacionais. No Troféu Brasil do ano passado, Marieta levou ouro nos 200m livre, prata nos 50m borboleta e 4x100m medley e bronze nos 100m livre, 4x200m livre e 4x100m livre. Repetir a receita que deu certo em 2006 também é a estratégia do Corinthians, que conta novamente a chilena Kristel Kobirch, ouro nos 200m livre e bronze nos 400m medley, e a argentina Cecília Biagioli, campeã nos 400m livre e vice nos 800m.

 – O Pinheiros está com um timaço e o clima também está muito bom. Somos favoritos, não há como negar, mas não podemos adormecer em cima disso e vacilar. Temos nomes de ponta, tanto internacionais como brasileiros, mas vamos ter de provar isso na piscina porque nossos rivais também estão bem – finalizou Flávia.

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