Contratado no começo do ano, após fazer uma bela temporada no Grêmio, Hugo tem sentido na pele a pressão que só um elenco poderoso como o do São Paulo pode proporcionar. Segundo o meia, sempre que o time vai mal, a torcida são-paulina pede que ele seja substituído por Jorge Wagner, antes mesmo de fazer uma boa leitura do jogo.

– Os torcedores têm cobrado para que eu saia de campo, mesmo quando não estou jogando mal. Isso aconteceu contra o Audax. Por isso, sei que todo jogo é uma decisão para mim – afirmou Hugo, que deu dicas sobre o Grêmio, próximo adversário do São Paulo nas oitavas-de-final da Libertadores.

Pronto para o duelo contra o seu ex-clube, o meia são-paulino acha que a torcida gremista, por ter um comportamento diferente, pode ser uma poderosa arma contra o São Paulo. Por este motivo, ele espera que o time paulista aproveite bem o jogo de ida, no Morumbi, marcado para a próxima quarta.

– A torcida do Grêmio apóia até o fim e em nenhum momento cobra seus jogadores. Eles só vão fazer protestos se o time tiver jogado mal e após o apito final – elogiou Hugo.

Ciente da pressão que é ter Jorge Wagner como seu reserva e da dificuldade de jogar agora para uma torcida que já ficou famosa por vaiar estrelas como Kaká, Júlio Baptista, Edmílson e Luís Fabiano, o meia são-paulino se diz preparado para tudo.

– A gente sabe que a torcida do São Paulo cobra bastante. Não temos de mudar os torcedores e sim nos adaptarmos a eles – afirmou Hugo, que além de pressão são-paulina no Morumbi deve sofrer também no Olímpico. – Não sei como eles irão reagir diante do meu retorno ao estádio deles. Talvez os gremistas peguem mais no meu pé por eu já ter jogado lá – completou.

GAZETA PRESS