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 | 24/04/2007 19h29min

AGU vai investigar suspeitos das operações Furacão e Têmis

Dois procuradores são suspeitos de irregularidades

A suspeita de participação dos procuradores da Fazenda Nacional Cezar Palmieri, do Rio de Janeiro, e Sérgio Gomes Ayala, de São Paulo, em um provável esquema que beneficiava bicheiros e donos de casas de jogos levou a Corregedoria Geral da Advocacia-Geral da União (AGU) a instaurar uma sindicância para apurar os fatos. Liminares judiciais teriam sido concedidas para permitir o funciomamento de bingosm.

Os pedidos de sindicância foram feitos depois de a imprensa divulgar que os procuradores estariam sendo investigados pela Polícia Federal (PF). O nome de Palmieri teria sido citado por presos da Operação Furacão, realizada no dia 13, no Rio de Janeiro. Já Ayala é citado no inquérito resultante da Operação Têmis (deusa grega da Justiça), executada em São Paulo, na sexta-feira.

– São procedimentos preliminares de apuração dos fatos, na tentativa de identificar se existe alguma irregularidade funcional. Na medida em que se noticia uma eventual participação em atos irregulares, nós queremos justamente isso: levantar esses fatos e identificar que tipo de ilegalidade está acontecendo para tomar as medidas cabíveis – disse nesta terça-feira o corregedor-geral da AGU, Aldemário Araújo Castro.

Segundo Castro, a corregedoria já solicitou à Polícia Federal informações sobre as investigações. No caso que envolve Palmieri, o pedido foi feito na última sexta-feira. No de Ayala, o requerimento foi apresentado nesta terça.

Conforme o que for apurado, será instaurado procedimento administrativo disciplinar. Segundo o corregedor-geral, “dependendo dos fatos identificados e da gravidade dos indícios”, Palmieri e Ayala poderão ser advertidos, suspensos por 90 dias, ou até mesmo demitidos. Durante as investigações, eles continuarão trabalhando normalmente.

– A Corregedoria-Geral ainda não dispõe da imputação de uma irregularidade precisa. Na medida em que evoluam essas investigações e que se consigam esses elementos, medidas pertinentes serão tomadas – afirmou Castro. Ele explicou que, se for necessário, a corregedoria pode pedir o afastamento preventivo dos procuradores.

AGÊNCIA BRASIL
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