| 22/04/2007 18h02min
Debaixo de forte chuva no primeiro tempo e com muita bravura no segundo, o Bragantino fez mais uma vez uma grande partida contra o poderoso Santos. Neste domingo, no Morumbi, o time do Interior conseguiu empatar (0 a 0) novamente com o time mais badalado do futebol brasileiro na atualidade, mas acabou eliminado do Campeonato Paulista.
O Santos, que tinha a vantagem de jogar por dois empates, foi pouco criativo e perdeu a chance de matar o jogo no primeiro tempo, em pênalti cobrado na trave por Cléber Santana. Por causa desta falha, o Peixe terminou o jogo completamente acuado e só não perdeu a classificação porque Fábio Costa fez grandes defesas e ainda contou com a sorte.
O time da Baixada Santista enfrenta o São Caetano no próximo final de semana e reconhece que terá mais uma vez um adversário difícil pela frente.
O jogo começou bastante complicado e os dois times demoraram até aprender a lidar com as poças d’água. Graças à ajuda delas, Everton ficou livre para finalizar e obrigou Fábio Costa a fazer grande defesa.
O Bragantino atacava mais e dominou o meio-campo. Devido à forte chuva, o jogo iniciou feio e era impossível colocar a bola no chão. As melhores armas de ambos os times eram as bolas paradas e os cruzamentos na área. O Santos, no entanto, sentia muita dificuldade.
Depois dos 15 minutos, quando a chuva diminuiu, o Peixe melhorou automaticamente. A partir de então, o time da Baixada pressionou muito até Marcos Aurélio se chocar com a zaga dentro da área e o árbitro Wilson Seneme marcar pênalti.
Aos 25 minutos, Cléber Santana foi para a cobrança, mas mudou seu estilo. Em vez de encher o pé, como é seu costume, ele resolveu dar duas paradinhas e acabou chutando rasteiro na trave.
O erro deixou o Santos abatido e o Bragantino procurou responder. André cobrou falta com precisão, mas Fábio Costa foi buscar a bola no canto, salvando o Peixe. Antes do término do primeiro tempo, o Bragantino perdeu Mário, contundido, e decidiu ficar mais ofensivo, escalando Neizinho.
Os santistas saíram de campo no intervalo, levantando uma suspeita contra a diretoria do São Paulo, dona do Morumbi. Segundo a comissão técnica do Alvinegro Praiano, a drenagem do gramado não funcionou corretamente com intuito de prejudicar o Peixe.
Coincidência ou não, após a reclamação, o gramado ficou praticamente seco para o segundo tempo. O Santos foi para cima nos primeiros minutos e o goleiro Felipe teve de trabalhar novamente. A marcação sob pressão realizada por Wanderley Luxemburgo complicou a saída de bola do time do interior.
Tiuí e Pedrinho entraram nas vagas de Marcos Aurélio e Tabata. Do outro lado, o Bragantino passou a se arriscar mais nos contra-ataques em busca do gol que precisava para ir à final.
O técnico Marcelo Veiga sacou o ala Júlio César e escalou mais um atacante, o grandalhão Bill. O jogo ficou dramático. Mesmo sem muita organização, o Bragantino foi para o tudo ou nada.
Nos minutos finais, notando que seu ataque não funcionava, Luxemburgo decidiu se recuar e escalou o zagueiro Marcelo no lugar de Cléber Santana. O Santos foi muito pressionado. Fábio Costa fez uma grande defesa e na seqüência ainda contou com a sorte: Juliano acertou a trave.
GAZETA PRESS