| 18/04/2007 17h34min
A oposição compareceu em peso à Mesa do Senado para protocolar o pedido de criação da CPI do Apagão Aéreo, com 33 assinaturas. Para instalar a comissão na Casa, são necessárias as assinaturas de apenas 27 senadores. Entre os presentes estavam o líder do Democratas (ex-PFL) na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), o presidente do Democratas, Rodrigo Maia (RJ), o senador Cesar Borges (DEM-BA), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Para instalar a comissão são necessárias as assinaturas de apenas 27 senadores, mas o pedido apresentado contou com 34 nomes: 15 do DEM; 13 do PSDB; quatro do PMDB; uma do PDT e uma do PSOL. Pelo regimento, a CPI terá a divisão das suas 13 cadeiras assim distribuídas: quatro do PMDB; três do DEM; dois do PSDB; dois do PT; um do PDT e um do PTB.
– Teoricamente, o governo tem sete cadeiras, e nós da oposição, seis. Mas vamos buscar a relatoria – disse o líder do Democratas, José Agripino (RN).
A previsão da oposição é que outros dois senadores do PDT assinem o pedido de CPI até a próxima terça-feira: Jefferson Perez (AM) e Osmar Dias (PR). O senador e ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque (DF), já havia assinado o requerimento de criação da comissão. Oficialmente, o PDT faz parte do governo e o presidente do partido, Carlos Lupi, ocupa o Ministério do Trabalho.
Quatro senadores do PMDB - que detém cinco ministérios - também assinaram o pedido de CPI: Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS), Geraldo Mesquita (AC) e Mão Santa (PI).
O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que vai seguir o regimento interno, e já marcou para a próxima terça-feira uma reunião com os líderes dos partidos para discutir a formação da comissão.
– Sou contrário à CPI, mas serei na presidência do Senado um escravo do regimento – afirmou.