| 17/04/2007 22h13min
Uma visita-surpresa realizada pelo superintendente regional do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Carlos Fernando de Andrade, pôs fim à suspeita de que o embargo às obras na Marina da Glória estivesse sendo desrespeitado. Segunda-feira, Andrade havia ventilado a possibilidade de recorrer à ajuda da Polícia Federal (PF) para interromper o que estivesse sendo feito após receber uma denúncia.
Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a verificação foi realizada na manhã desta terça-feira e ficou constatada a paralisação das intervenções. A Marina da Glória tornou-se uma das sedes mais problemáticas para os Jogos Pan-americanos do Rio, em julho. Local das provas de vela teve seu impasse iniciado após o Iphan vetar o projeto elaborado para o evento, que previa, entre outras coisas, a construção de uma garagem seca para barcos. O Iphan alegou que a instalação seria equivalente a um prédio de quatro andares e comprometeria a visibilidade de vários pontos turísticos. Como a Marina está na área do Aterro do Flamengo, tombada pelo Patrimônio Histórico, qualquer intervenção precisa ser autorizada pelo instituto antes de realizada. Menos problemática, mas igualmente paralisadas, estão as obras no Estádio de Remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas. De acordo com o Iphan, estava prevista para esta terça-feira a entrega do restante do projeto arquitetônico a ser analisado. Contudo, os responsáveis cancelaram o encontro. Segundo a assessoria da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), toda documentação solicitada que era de sua responsabilidade (referente ao bloco 2) foi entregue semana passada. A documentação faltante diz respeito às intervenções sob responsabilidade da concessionária Glen Entertainment, que assumiu o compromisso de realizar a entrega até esta quinta-feira. GAZETA PRESS