| 02/04/2007 15h21min
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Marcio Mollo, disse que vai negociar com o governo uma indenização para as companhias aéreas, após a paralisação dos controladores de vôo na última sexta. Segundo Mollo, haverá uma tentativa de entrar em acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para uma fórmula de cálculo do valor do ressarcimento. Se não houver entendimento, as empresas poderão entrar na Justiça.
O sindicalista considera a Anac a menos culpada da história, pois não tem ascendência sobre a Aeronáutica e a Infraero. Ele apontou três motivos para a crise: a baixa remuneração dos controladores pela responsabilidade que têm, segundo eles, a defasagem dos equipamentos e a quantidade de profissionais menor que a necessária.
Ainda de acordo com Mollo, que concedeu entrevista ao programa Gaúcha Repórter, apesar de a taxa de aeroporto cobrada no Brasil ser uma das mais altas do mundo, a verba para o setor vem diminuindo porque a União prefere destinar fundos para manter o superávit fiscal, "o mesmo que ocorre com as estradas".
Perguntado sobre a previsão de fim da crise, Mollo não é otimista.
– Espero que esteja terminando, mas acho que soluções só virão a médio e longo prazo. Não se compra todo o equipamento de um dia pra outro. Para fazer concurso público e treinamento de novos profissionais, também leva pelo menos mais alguns meses.