| 22/03/2007 17h38min
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou hoje que ficou surpreso com detalhes e com a rapidez da votação do projeto que eleva a remuneração dos parlamentares em 26,49%. Chinaglia disse que será inevitável a discussão do assunto na reunião de líderes da semana que vem, mas a votação do projeto deverá ser realizada apenas no mês que vem.
O presidente da Câmara observou que o Plenário deve dedicar-se à votação de Medidas Provisórias na próxima semana e que, por isso, o projeto sobre aumento de salários de parlamentares, ministros e do presidente da República devem ser analisados apenas em abril.
O percentual aplicado corresponde à inflação oficial do período compreendido entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2007. Com isso, os vencimentos de deputados e senadores, atualmente fixados em R$ 12.847,20, podem passar para R$ 16.250,42. O salário do presidente passará de R$ 8.885,48 para R$ 11.239,24, e o do vice-presidente e dos ministros, de R$ 8.362,80 para
R$ 10.578,11. A proposta de
reajuste foi aprovada hoje pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Apesar de afirmar que não conhece os detalhes do projeto, Chinaglia declarou que discorda de alguns pontos. O deputado criticou particularmente o pagamento de parte da verba indenizatória sem a necessidade de apresentação de nota fiscal para ressarcir os gastos. O parlamentar, porém, disse que, pessoalmente, defende a reposição de perdas salariais.
Chinaglia reafirmou que pretende ouvir as posições das bancadas sobre o reajuste dos parlamentares para, em seguida, levar a votação ao plenário.