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 | 17/03/2007 18h02min

Locais no Rio de Janeiro seguem em obras

Complexo João Havelange ainda não tem as arquibancadas concluídas

As obras dos complexos esportivos que abrigarão os Jogos Pan-Americanos em julho no Rio de Janeiro ainda não estão concluídas. O Complexo João Havelange, por exemplo, ainda não tem os lances de arquibancada completos. Ao se percorrer as construções, se descobre que engenheiros, arquitetos e fiscais têm uma visão bem particular de suas obras.

– Essa está praticamente pronta – afirmam, diante do visitante um tanto surpreso.

Eles se referem a etapas estruturais só valorizadas por quem conhece a planta. Para leigos, no entanto, conhecer as instalações esportivas ainda é desviar de andaimes, estacas, armações metálicas, carrinhos de mão, argamassa e cimento fresco. É cuidar onde se pisa e do vaivém de caminhões, que chegam a se enfileirar nos portões de acesso. É encarar muita poeira e barulho, e se esforçar para imaginar um ambiente de competição onde só se vê concreto cinza e tapumes.

Um dos principais problemas começou a ser solucionado apenas nesta sexta: a urbanização da Vila do Pan. A prefeitura do Rio recebeu o depósito de R$ 53 milhões do governo federal para fazer as vias externas e internas, remover casas vizinhas, construir uma estação de tratamento de esgoto e canalizar um arroio. O asfalto e a drenagem da área começam nesta segunda, garantiu o secretário municipal de Obras, Eider Dantas.

– Farei tudo em dois turnos, para que fique pronto até 10 de julho. Mas a estação de esgoto e a canalização não vão ficar até o início dos Jogos. As obras são de emergência – explicou o secretário, que, para ganhar tempo, abriu mão da licitação e convidou as empresas que já estavam na obra.

A corrida inclui ainda expediente de operários durante a madrugada nas principais obras. Os custos também preocupam. Na última semana, o Planalto liberou R$ 100 milhões para a conclusão das obras. Grande parte do valor foi para o Complexo do Maracanã, responsabilidade do governo do Rio. Mesmo assim, o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado, Ícaro Moreno Júnior, disse ter precisado adaptar a obra para reduzir gastos.

– Mudamos para tecnologias mais baratas, mas ao mesmo tempo surgiram novas necessidades – afirmou.

As obras mais impactantes são as do Estádio João Havelange e do Parque Aquático, no Autódromo. A primeira reúne diariamente 3 mil homens. É tão grande que o prédio administrativo erguido ao lado, de seis andares, quase nem é percebido. O último nível de arquibancadas atinge 58 metros. Por sobre elas, metros acima, tubos brancos cruzam o céu em forma de arco. As de Deodoro, que receberá os primeiros campos oficiais de hóquei sobre grama do país, ocupam uma área tão extensa que o ideal é conhecê-las de carro.

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