| 05/03/2007 17h35min
O candidato à presidência do PMDB Nelson Jobim reuniu-se na tarde desta segunda-feira com o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), e divulgou um manifesto da chapa "Ulisses Guimarães" em que defendeu a "unidade" do PMDB. Nesse manifesto, Jobim diz que há uma aspiração de renovar o partido, levá-lo às ruas e motivar sua militância. Para o ex-deputado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), "é hora de modernizar o PMDB e superar seus desencontros".
O manifesto tem a assinatura de seis governadores: Sérgio Cabral (RJ), Roberto Requião (PR), Eduardo Braga (AM), Marcelo Miranda (TO), Paulo Hartung (ES) e André Puccinelli (MS). Assinam o documento também 19 senadores e 30 deputados federais.
Jobim aproveitou para reagir ao pedido de impugnação de sua candidatura, apresentado pelo deputado Eduardo Cunha (RJ), aliado de Michel Temer, seu adversário na disputa pelo comando peemedebista. Jobim disse que não desistirá da candidatura. Cunha alega que existem erros na inscrição da chapa de Jobim.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ironizou seus adversários.
– Quem protesta é porque está perdendo. Todos os vícios apresentados são sanáveis. Política a gente ganha no voto. Quem entra com medidas jurídicas é porque está com medo de perder. Eu não desistirei em hipótese alguma. Minha candidatura está posta. Não são irregularidades, são equívocos sanáveis. Apresentamos a candidatura antes da dele (Temer), por isso pode ter nome repetido, mas isso é abolutamente sanável. Até 48 horas antes da eleição podemos substituir os nomes. Diria que a possibidade de desistir é abaixo de zero – acrescentou.
Jobim também negou a possibilidade de acordo para dividir o mandato com Temer:
– Nossa chapa tem planos para 2007 e 2008 e quer produzir unidade para disputar 2009.