| 12/02/2007 23h07min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, destacou nesta segunda-feira as virtudes do livre-comércio em seu relatório econômico anual para um Congresso dominado pelos democratas, que olha com desconfiança as negociações comerciais. Na introdução, Bush afirmou que a redução das barreiras alfandegárias no Exterior tornará mais flexível a economia norte-americana ao abrir novas oportunidades de negócio.
Bush destacou as negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas disse que a única forma de os EUA conseguirem chegar a um acordo nesse fórum é com a renovação da Autoridade para a Promoção Comercial (TPA, na sigla em inglês). A TPA obriga o Congresso a aprovar ou rejeitar os acordos comerciais, sem poder introduzir emendas.
– Esta autoridade é essencial para completar bons acordos comerciais. O Congresso deve renová-la para que possamos melhorar nossa competitividade na economia global – disse Bush.
A renovação
da TPA enfrenta um destino incerto no
Congresso. O parlamentar democrata Sander Levin, presidente da subcomissão de Comércio na Câmara dos Representantes, destacou em um comunicado que a Administração de Bush deve fazer mudanças em sua política antes de um debate sobre a prorrogação da TPA.
Levin pediu especificamente que os tratados de livre-comércio com Peru, Colômbia e Panamá, que ainda precisam ser ratificados, incluam uma cláusula que obrigue seus signatários a respeitar os direitos fundamentais dos trabalhadores.
O relatório do presidente para o Congresso também apresenta suas previsões para a economia norte-americana. A Casa Branca prevê que o crescimento este ano vai cair de 3,4% em 2006 para 2,9% este ano, em conseqüência da fraqueza do setor imobiliário. Já para 2008, a expansão da economia deverá ser de 3,1%. Neste e no próximo ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subirá 0,1 ponto em relação à taxa de 2,5% alcançada em 2006, segundo o relatório. Por sua vez, o desemprego se manterá em 4,6%
em 2007 e subirá para
4,8% em 2008.