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 | 08/02/2007 14h05min

Marina da Glória é liberada para disputa da vela

Permissão foi dada pela Odepa após reunião na Suíça

Depois de se reunirem na sede de Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça, Carlos Arthur Nuzman e Mario Vázquez Raña chegaram, enfim, a um denominador comum sobre a questão da vela nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Raña concordou com a utilização da Marina da Glória como sede da modalidade durante o torneio.

A reunião foi convocada para discutir e identificar soluções alternativas para o local. Ficou decidido, em caráter excepcional, que a proposta de uma base em terra para a disputa da vela, com instalações temporárias juntas à estrutura já existente, será a opção utilizada na Marina da Glória durante o Pan.

A decisão foi anunciada pelo próprio COB nesta quinta-feira, quando foram também comunicados o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e o Ministro dos Esportes, Orlando Silva. De acordo com o documento divulgado, o projeto original foi muito elogiado pela organização, apesar das dificuldades constadas no projeto.

– A Odepa havia aprovado o projeto original, que assegurava que as instalações da vela manteriam o nível técnico e as facilidades organizacionais semelhantes às outras instalações previstas para os Jogos Pan-americanos – explica Mario Vazquez Raña no comunicado oficial.

Raña adianta que a Odepa havia sido comunicada das dificuldades judiciais para que as instalações da Marina da Glória fossem concluídas na data prevista, o que atrapalharia o planejamento original do Pan. Por isso, resolveu acatar o pedido do CO-Rio para que o projeto fosse alterado às pressas.

– A Odepa tomou a decisão, em caráter excepcional, de aprovar o projeto Opção Dois, mediante o qual as instalações necessárias serão montadas em áreas provisórias da própria Marina da Glória. Esta decisão é fundamental pela necessidade de garantir as competições de vela nos Jogos e para proteger os interesses e expectativas dos atletas deste esporte que nos últimos anos, que com um grande esforço prepararam-se para representar seus países no evento olímpico mais importante da América – afirma o órgão.

Por fim, ainda é solicitado que os organizadores do Pan do Rio de Janeiro continuem tentando resolver as questões judiciais pendentes, para que o projeto original seja alterado o mínimo possível. Segundo Raña, as primeiras opções da obras iriam deixar um importante legado para o esporte olímpico brasileiro.

Ainda que a Odepa tenha aceitado o pedido do CO-Rio e do COB, as instalações temporárias não devem ser implantadas imediatamente na Marina da Glória. Os organizadores do Pan ainda precisam se reunir com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que o aval definitivo seja dado. A reunião, que foi adiada, ainda não tem data prevista para ocorrer.

GAZETA PRESS
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