| 02/02/2007 18h36min
As recomendações feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ao Congresso americano para a nova lei agrícola daquele país são ineficazes para que se obtenha avanços na Rodada de Doha, que acontece na Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa é a avaliação preliminar do governo brasileiro, que ainda analisa um extenso documento de 183 páginas apresentado ao Legislativo americano na última quarta-feira.
Segundo o chefe da área econômica do Itamaraty, Roberto Azevedo, embora o Brasil veja "alguns elementos postivos" na proposta, que parecem sugerir a transferência de recursos para programas menos distorcivos, de forma geral, as alterações previstas no documento são modestas. Indagado se o governo brasileiro confirma que na proposta americana está previsto um corte de US$ 18 bilhões em subsídios, Azevedo disse que ainda é cedo para falar em números.
- Tal como está hoje formulada, a proposta parece incapaz de propiciar os avanços necessários para um desfecho satisfatório e equilibrado da Rodada de Doha - afirmou Azevedo.
Azevedo disse que na próxima quarta-feira, em Genebra, sede da OMC, haverá uma reunião do comitê de negociações comerciais do organismo. Ele acredita que o G-20 (países em desenvolvimento que brigam pela redução dos subsídios agrícolas) deverá se manifestar a respeito do tema.
AGÊNCIA GLOBO