Teve início por volta das 10h20min, no Plenário Ulysses Guimarães, a solenidade de posse dos deputados federais eleitos para a 53ª legislatura. A sessão é presidida pelo atual presidente da Casa e postulante à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A sessão de votação, à tarde, não será conduzida por ele, pelo fato de ser candidato. Após a proclamação dos nomes dos deputados por Rebelo, eles fizeram o juramento coletivo solene. O juramento individual foi realizado por Estado, começando pela Região Norte. A chamada nominal foi proferida pelo deputado Simão Sessim (PP-RJ).

Após a proclamação dos nomes dos deputados pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo, eles fizeram o juramento solene: "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".

Antes do início da sessão, Rebelo disse esperar que a eleição do presidente da Câmara, às 15h, seja justa e democrática. Para ele, a Câmara precisa servir de exemplo e referência para que o povo brasileiro tenha esperança e confiança no futuro no País.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), também candidato à Presidência da Câmara, afirmou que a sua candidatura já é vitoriosa porque mudou a dinâmica da eleição. Ele destacou que houve um acompanhamento maior da sociedade, a realização de debates públicos, o estabelecimento de questões relevantes ao País por parte dos candidatos e uma nova base de discussão para o reajuste dos salários dos deputados. Fruet também ressaltou que a sua candidatura expôs as contradições da base aliada ao governo.

Para o deputado, o presidente da Câmara deve ter uma relação institucional de respeito e independência em relação ao governo. Fruet disse que, seja qual for o resultado da eleição, o maior desafio será constituir o diálogo com todas as forças representadas no Congresso e estabelecer uma agenda positiva para o País.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse, após registrar sua candidatura à Presidência da Câmara, que sua candidatura representa a proporcionalidade partidária, a ética e o respeito aos adversários. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) disse que o partido ainda trabalha com a perspectiva de fazer acordo com o PSDB, ainda que em um eventual segundo turno. Chinaglia pensa diferente: "Não se trata de acordo, mas de escolhas."

O deputado Michel Temer (PMDB-SP) considerou um equívoco a formação de blocos para definição dos cargos na Mesa Diretora. Segundo ele, a formação do primeiro bloco acabou dividindo os parlamentares em três grandes grupos. Na opinião dele, o tamanho dos blocos que foram formados influenciará o resultado da eleição. Presidente do PMDB, o deputado negou que haja dissidências da bancada do seu partido, que integra o bloco majoritário.

AGÊNCIA CÂMARA